Polícia pode ter mais liberdade para atuar na fronteira após reunião

Perseguição em território internacional será possível

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Perseguição em território internacional será possível

Na manhã desta quinta-feira (23), foi realizada reunião entre autoridades paraguais e brasileiras, para discutir a segurança na fronteira, principalmente na linha que divide Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. A livre atuação da polícia na região foi debatida e algumas decisões foram tomadas.

Principal rota de fuga para bandidos brasileiros, território paraguaio pode passar a ser ‘utilizado’ também pela Polícia Militar brasileira. Até hoje, quando há perseguição e os suspeitos entram em território internacional, a polícia não pode entrar no país vizinho, o que facilita a ação dos criminosos na fronteira.

Segundo o coronel da PM Waldomiro Centurion Machado, a reunião desta manhã proporcionou a interação entre as forças policiais e o governador do estado paraguaio de Amambay, que demonstrou sensibilidade e comprometimento com a situação em que se encontra a linha de fronteira. “Essa reunião proporcionou falar de propostas que vem a ajudar no fortalecimento da atuação da polícia”, afirmou.

De acordo com relato do coronel ao site Porã News, foi feita proposta perante o ministro Francisco de Vargas de lançar uma análise no campo jurídico para que seja elaborado um tratado internacional, oportunizando as polícias brasileira e paraguaia para se valerem do espaço territorial da fronteira. Sendo assim, policiais podem atuar livremente em território nacional e estrangeiro, em casos excepcionais, “Voltado para o fortalecimento da preservação da ordem pública”, destacou o comandante.

O vereador Marcelino Nunes, criador do Parlim (Parlamento Internacional Municipal), relatou a necessidade da volta do parlamento. Ele ainda afirmou que a criação de um Conselho de Segurança entre as cidades brasileiras e paraguais é possível e ainda disse ser importante que o Parlim seja reativado, envolvendo comunicação entre câmara de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero e conselhos formados por diversos setores da sociedade.

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