MP tenta manter prisões enquanto investiga narcotráfico no Exército

Militares usaram caminhão do 20RCB para levar droga até SP

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Militares usaram caminhão do 20RCB para levar droga até SP

O MPM (Ministério Público Militar) ingressou no STM (Superior Tribunal Militar), em Brasília, com recurso que pede a prisão de um cabo e de um sargento do 20º RCB (Regimento de Cavalaria Blindado), quartel do Exército, situado em Campo Grande. Os militares já são réus em processo que investiga o furto de uma viatura militar e ainda um esquema de tráfico de drogas.

O pedido do ministério atinge outros três cabos da corporação, que já estão presos. A Justiça Militar, em Campo Grande, havia negado a prisão dos militares denunciados. A apelação do MPM foi confirmada na tarde desta quinta-feira pela assessoria de imprensa da corte superior.

O cabo e o sargento do 20º RCB denunciados pelo MPM foram implicados na trama por ter, supostamente, favorecido a saída de um caminhão basculante, do Exército, que estava estacionado dentro do quartel.

Três militares, cabos, da mesma corporação militar pegaram o veículo no dia 26 de agosto passado, foram até a cidade de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai e lá puseram na carroceria três toneladas de maconha.

O trio seguiu para Campinas (SP), onde, dois dias depois, foi preso em flagrante, após trocar tiros com a polícia paulista.

Já expulsos do Exército, os cabos Simão Raul, Maykon Coutinho Coelho e Higor Abdala Attene, permanecem encarcerados no território paulista.

Eles foram denunciados por tráfico de droga e agora, acusados também pela retirada do caminhão militar, sem autorização, para transportar a maconha até a cidade paulista.

AJUDA

O MPM pediu, de novo, a prisão do sargento Leydon da Silva Cotrim, 24 e do cabo Fidélio Rossi Oliveira, que o juiz militar em Campo Grande, Jorge Luiz de Oliveira, havia negado.

O MPM havia pedido a prisão também do sargento Victor Mariano Fernandes Vasconcelos, mas no recurso enviado ao STM, o nome dele foi retirado.

O ministério militar tinha também solicitado a prisão do cabo Lucas de Santana Gabriel Cavalcante Ferreira, outro apelo negado pelo juiz Jorge Luiz.

O promotor militar Nelson Lacava Filho, autor da denúncia, tinha pedido ainda o sequestro de bens do sargento denunciado e mandado de busca e apreensão, petições que também foram recusadas pelo magistrado.

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