Homens que participaram de estupros coletivos em MS seguem sem condenação
Menina de 9 anos foi estuprada por cinco homens
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Menina de 9 anos foi estuprada por cinco homens
Três homens que estupraram uma jovem de 19 anos. Mais sete suspeitos de estuprarem uma criança de nove anos. Crimes que chocaram Mato Grosso do Sul e que seguem sem punição devem ser lembrados quando uma adolescente de 16 anos foi estuprada por 30 homens nesta semana no Rio de Janeiro.
Por aqui, os três homens apontados como autores do estupro coletivo a uma jovem de 19 anos em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, seguem sem julgamento mais de um ano após o crime. Edemil Arce Isnarde, de 26 anos, Coimando Arce Isnarde, de 20 anos, e Alfifo Arce Isnarde, de 23 anos, são acusados de violentar a vítima na madrugada do dia 10 de junho de 2015, na Aldeia Bororó.
Passado mais de um ano desde o rumoroso caso ocorrido no interior de Mato Grosso do Sul e em meio ao recente debate sobre uma jovem vítima de crime semelhante no Rio de Janeiro, o Jornal Midiamax apurou que os acusados pelo estupro praticado em Dourados seguem presos, mas sem julgamento. O ‘agravante’? Jovem e menina são índias, vítimas da ‘cultura do estupro’ presente nas aldeias e em meio a povos abandonados pelas políticas públicas.
LAUDO PERICIAL
O processo que corre à 1a Vara Criminal da Comarca não chegou ao fim e somente no dia 18 de maio o laudo pericial de exame de corpo de delito na vítima foi anexado aos autos. Encaminhado pela delegada Paula Riibeiro dos Santos Oruê, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, o documento é a peça chave para a acusação apresentada pelo MPE (Ministério Público Estadual).
O laudo assinado pela médica legista Keila Figueierdo comprova que a jovem foi estuprada. A juntada desse documento aos autos processuais é a mais recente movimentação da denúncia que teve início no dia 13 de junho de 2015 e denúncia.
PRESOS
Os acusados permanecem na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e recentemente tiveram um defensor público nomeado para defendê-los, já que o advogado indicado por eles não foi encontrado pelas autoridades e tampouco tinha registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Isso aconteceu depois que o primeiro defensor dos réus desistiu do caso.
No inquérito policial que embasou a denúncia do MPE, foi apurado que a jovem de 19 anos foi estuprada por cinco pessoas. Além dos três réus do processo, dois adolescentes teriam participado do crime, que segundo a Promotoria foi encomendado por Lindalva Valdez, presa em Campo Grande.
Conforme os autos do processo, a vítima relatou detalhadamente a ocorrência do crime na delegacia. Ela disse ter ido até a casa de um homem a convite de Lindalva. Ao ir embora fora seguida por outro e abordada por cinco rapazes. Todos a estupraram durante a madrugada.
OUTRO CASO
Em outro caso de estupro coletivo ocorrido em Dourados, no dia 5 de outubro de 2014, uma menina de 9 anos foi violentada por um grupo de homens, também na Aldeia Bororó. A criança chegou a ser internada em estado grave na ala pediátrica do HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados).
Embora tenham sido apontados sete suspeitos pelo estupro na ocasião, esse crime já teve o processo julgado e resultou na condenação de três de cinco acusados, Fábio de Souza Irala a 12 anos e 3 meses, Júnior Alves Duarte a 11 anos e Reginaldo Souza Silva a 12 anos e 3 meses. Outros dois homens foram absolvidos, assim como um adolescente, à época do crime apontados como suspeitos.
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