Estilista foi morto por jovem de 20 anos que havia conhecido na internet

Suspeito confessou o crime após abordagem policial

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Suspeito confessou o crime após abordagem policial

A polícia civil identificou na manhã desta sexta-feira (30) o responsável pela morte do estilista Altivane Ramos Borges, de 54 anos, que foi encontrado morto em casa, no bairro Taquarussu, no dia 5 de setembro, na Capital. De acordo com o delegado responsável pela investigação, João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia, o suspeito foi identificado como Alan Silva Santos, de 20 anos, e teria conhecido a vítima pela internet. Ele confessou o crime.

O crime aconteceu no dia 4 de setembro, um domingo, quando Altivane teria levado Alan até sua residência. Na terça-feira seguinte (6), o veículo da vítima, um Fiat Uno, foi encontrado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) abandonado na BR-060, próximo a Sidrolândia. Por meio da placa, foi possível rastrear o endereço de Altivane, que foi encontrado por policiais sem vida em sua residência.

Durante o depoimento, o suspeito revelou que havia conhecido Altivane há cerca de quatro meses, pelo Facebook, após aceitar um convite da vítima. Eles teriam trocado mensagens e fotos e marcado um encontro, que aconteceu dois meses depois. A partir de então, a vítima teria mantido contato virtual com Alan.

O dia do crime

O estilista Altivane, de 54 anos, foi morto com uma 'gravata' no pescoço (Reprodução/Facebook)Alan revelou que um novo encontro foi marcado para o dia 4 de setembro, quando o crime aconteceu. Altivane teria buscado Alan no terminal Bandeirantes, passaram numa conveniência para comprar cerveja e em seguida foram para a casa da vítima, no Taquarussu. Lá teriam apenas conversado, por cerca de 4 horas, bebido as cervejas e comido um macarrão. Mas, quando Alan mencionou que iria embora, Altivane teria insistido e colocado-se entre o suspeito e a porta. Foi então que Alan desferiu o primeiro soco, que derrubou a vítima. O segundo, na garganta, foi desferido enquanto Altivane se levantava. Por fim, Alan admitiu que deu uma gravata na vítima.

O último golpe teria matado o estilista, mas Alan nega que tenha percebido Altivane morto. Ainda assim, ele colocou a vítima na cama, recolheu latas de cerveja e pratos sujos, colocou tudo num saco e saiu com o veículo da vítima, abandonando-o na BR-060, assim como as latas e pratos, e voltou para casa, no Pênfigo, a pé.

O suspeito também ficou com o celular da vítima, a fim de ocultar as mensagens trocadas entre eles, e chegou a trocar, há cerca de 10 dias, o aparelho por outro modelo pelo site OLX. O homem com quem Alan negociou também foi conduzido à delegacia, mas liberado em seguida. O aparelho foi recuperado.

Investigações

O delegado João Reis Belo afirmou que durante as investigações a equipe do SIG (Setor de investigações Gerais) voltou ao local, onde o carro foi abandonado, depois de 15 dias e encontraram as latinhas e os pratos. Porém, por conta do tempo, não conseguiram mais as digitais. Entretanto, localizaram Alan como possível suspeito e durante abordagem nesta manhã, mencionaram as digitais e Alan confessou o crime.

O suspeito, entretanto, não ficará preso porque o período de flagrante expirou e também porque teria colaborado durante o depoimento. Ele assinará um termo circunstancial e vai ser liberado. O caso vai ser tratado apenas como homicídio, sem qualquer qualificação de crime sexual.

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