Em carreata puxada por viaturas, policiais comemoram soltura de colegas

Eles ficaram presos por dois dias

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Eles ficaram presos por dois dias

Para comemorar saída dos três policiais presos por suspeita de agressão a um adolescente de 15 anos na última terça-feira (19), policiais militares e civis estão em carreata puxada por duas viaturas e três motocicletas da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A Guarda Municipal ofertou suporte e está fechando as ruas enquanto o ato passa. Em discurso emocionado o major Mário Ângelo Ajala pediu que a corporação não perca esperança na Justiça.

Todos foram soltos porque obtiveram Habeas Corpus no final da tarde desta sexta-feira (22) após dois dias de prisão. Nenhum deles quis se pronunciar, apenas agradeceram os colegas pelo apoio. Isso porque ontem e hoje foram realizados protestos e manifestos em prol dos encarcerados.

O itinerário a ser percorrida incluí passar em frente ao Comando Geral da PM, a Acadepol (Academia de Polícia Civil e o bairro Coophatrabalho aonde o garoto foi abordado na tarde de terça-feira. A comemoração vai acabar no Clube da ASC (Associação dos Cabos e Soldados).

Caso – Os três PMs, lotados no 1º Batalhão, foram presos em flagrante após abordagem do adolescente. Conforme a denúncia, uma viatura da PM fazia rondas quando abordou dois rapazes, sendo um deles o jovem em questão, em “atitudes suspeitas”. Segundo relatado no processo, o rapaz que já tem passagens pela polícia, desceu do veículo enquanto o piloto da moto fugiu.

De acordo com a Corregedoria, a viatura foi atrás do motociclista, não conseguiu alcançá-lo e então retornou e abordou novamente o adolescente. Na abordagem, os policiais teriam levado o jovem até um local ermo e tentado obrigar o adolescente a revelar o paradeiro do comparsa.

Em relato à Corregedoria, o menor afirmou que sofreu agressões por três dos quatro militares que estavam na viatura, sendo pressionado a dizer o endereço do rapaz que pilotava a motocicleta. O garoto então passou o endereço da própria casa, foi colocado na viatura e levado ao local, uma residência no Jardim Imá, região oeste da Capital. Conforme informado pela família do adolescente, após perder a viatura de vista, o pai, ligou para o 190, contando a situação, momento em que a Corregedoria da PMMS foi acionada e o caso reportado.

Algum tempo depois, o garoto, que foi deixado nas proximidades do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), voltou para casa e foi até a Corregedoria acompanhado do pai. Os policiais negaram tudo, mas acabaram presos por conta do depoimento da vítima e de testemunhas.

Conteúdos relacionados