Advogado diz não ter marcado depoimento de dono de boate citado na Lava Jato

Defesa diz não saber se empresário está na Capital 

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Defesa diz não saber se empresário está na Capital 

O advogado Fábio Ferraz, que faz a defesa de Thiago Cance, afirmou nesta terça-feira (27) não ter marcado depoimento do empresário, dono de boate em Campo Grande e citado na 35ª fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Ferraz disse que ainda não conversou com Thiago nesta terça. “Não falei com ele ainda e não sei se ele está em Campo Grande. Mas ainda não marcamos o depoimento”, afirmou.

Thiago tem um mandado de condução coercitiva para depor na Polícia Federal, que não foi cumprido durante a operação na segunda-feira porque o mesmo não está na Capital.

O sócio da Move Club e do antigo Woods é um dos alvos da 35ª fase da Operação Lava Jato, a Omertà. De acordo com as investigações, ele, que é filho de Aurélio Cance, ex-diretor de Planejamento da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), que atua no interior paulista, e que chegou a ser condenado por corrupção, formação de quadrilha e fraude em licitação, pode estar envolvido no pagamento de propina desviada de obras públicas.

Segundo a PF, há indícios nos autos de que a Construtora Odebrecht, ‘por intermédio do Setor de Operações Estruturadas, tenha realizado pagamentos de vantagens indevidas para funcionários da Sanasa em virtude de contratos da empresa com o órgão público, nas pessoas de Rovério Pagotto Júnior e Thiago Nunes Cance, não podendo ser afirmado, por ora, se tais indivíduos receberam recursos espúrios e em espécie em benefício próprio ou para terceiros’, diz trecho do relatório.

Thiago Cance é sobrinho de André Luiz Cance, ex-secretário estadual de fazenda da gestão de André Puccinelli, e que chegou a ser preso durante a Operação Lama Asfáltica, também suspeito de desviar recursos públicos.

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