Solto após confessar que matou ex, homem volta a ameaçar família

O crime ocorreu em janeiro de 2014

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O crime ocorreu em janeiro de 2014

Na manhã desta quarta-feira (2), a família de Dayane Silvestre Uliana, morta a tiros pelo ex-marido Júlio César Martins Ferreira, de 40 anos, procurou a polícia para relatar que voltou a ser ameaçada. Júlio César foi preso no dia 9 de janeiro de 2014, mas solto após o juiz negar novo pedido de prisão preventiva.

De acordo com o registro policial, feito na 4ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, vários boletins de ocorrência já foram registrados pela família contra Júlio César. No ano passado, o acusado de matar Dayane enviava cartas para a família, com letras cortadas de jornais e revistas, como um ‘quebra-cabeças’. A princípio, a informação é de que todas as cartas ameaçavam os familiares da vítima de morte.

Segundo os familiares de Dayane, Júlio César foi condenado a pagar salário mínimo e, após a condenação, não se intimidou e seguiu com as ameaças. Em uma das cartas, ele falado que os familiares da vítima estavam “com os dias contados”. Em outra, as letras formavam a frase “se não quiser perder mais um filho, calem a boca”. O caso deverá ser novamente investigado pela Polícia Civil.

Feminicídio

Dayane Silvestre foi morta com três tiros na cabeça pelo ex-marido, Júlio César. Ela conduzia um Chevrolet Corsa, quando foi surpreendida pelo homem, que estava na garupa de uma motocicleta e efetuou os disparos. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Posto de Saúde do Guanandi, mas não resistiu.

A vítima era agredida pelo ex-marido e voltou a morar com os pais e o irmão após se cansar da vida que levava ao lado de Júlio César. Após matar Dayane a tiros, o ex-marido ainda ligou para o cunhado o ameaçando, dizendo que ele seria o próximo.

O autor do crime foi preso no dia 9 de janeiro, mas solto após o juiz negar novo pedido de prisão. No dia 26 de setembro, familiares chegaram a fazer um protesto em frente ao Fórum, mas Júlio César segue respondendo o processo em liberdade.

Conteúdos relacionados