PF apreende quase R$ 3,2 milhões em nova fase da Lava Jato

A Polícia Federal apreendeu R$ 3,1 milhões na nona fase da Operacão Lava Jato, deflagrada na quinta-feira. A quantia foi encontrada na sede da empresa Arxo Indutrial, em Santa Catarina, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão autorizados pelo juiz federal Sérgio Moro. Também foram apreendidos 500 relógios de luxo e documentos.

De acordo com a PF, foram aprendidos valores em reais (R$ 1,27 milhão), dólares (US$ 629,5 mil), euros (53 mil) e pesos argentinos (82). O dinheiro foi depositado em uma conta judicial na Caixa Econômica Federal.

De acordo com o advogado dos sócios da empresa, Leonardo Pereima, os valores encontrados seriam destinados ao pagamento de funcionários e de pró-labore de um dos sócios.

Para o Ministério Público Federal, os sócios Gilson João Pereira e João Gualberto Pereira e o diretor-financeiro Sergio Ambrosio Marçaneiro pagavam propina para obter contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras – a Arxo comercializa tanques de combustível. Todos os executivos estão presos na Superintendência da Policia Federal em Curitiba (PR).

No dia 16 de janeiro, uma ex-funcionária do departamento financeiro da Arxo, Cíntia Provesi Francisco, procurou o Ministério Público Federal (MPF) voluntariamente para denunciar os empresários. Aos investigadores ela relatou que a empresa pagava propina de 5% a 10% nos contratos com a BR Aviation, divisão da Petrobras que atua no abastecimento de aeronaves.

A defesa dos sócios nega o pagamento de propina e afirma que eles nunca tiveram contato com Barusco, nem com Duque. O advogado Pereima afirma ainda qie as acusações decorrem de vingança da ex-funcionária, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão, segundo ele.