Dois autores do golpe foram presos na semana passada

Depois da prisão de Thiago Henrique Anísio Martins, de 30 anos, e Ademir Cândido de Jesus, de 62 anos, suspeitos de aplicar o golpe do ferro em vários estados do país, novas vítimas dos estelionatários procuram a Deco (Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado) para registrar o crime. Os suspeitos foram presos no dia 19 de setembro, após dois comerciantes de São Gabriel do Oeste denunciarem o crime.

De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, depois da apresentação a imprensa, vítimas dos golpistas identificaram os suspeitos e procuraram a delegacia. Pelo menos mais quatro pessoas que moram em Goiás relataram ser vítimas do estelionato.

Uma delas, já fez o reconhecimento de Thiago e Ademir e registrou um novo boletim de ocorrência contra eles. Conforme a delegada, a vítima teve um prejuízo de R$ 35 mil depois de supostamente comprar toneladas de ferro novo do grupo. Assim como em MS, a vítima recebeu uma proposta de comprar abaixo de preço de mercado.

Após efetuar a venda da falsa carga, sempre com a apresentação de documentação forjados para dar veracidade ao negócio, os bandidos fugiram com o dinheiro da vítima. Outras três pessoas juntam documentos e provas para também realizar a denuncia em nome dos suspeitos. Segundo Medina, vítimas de Aquidauana, Goiânia e Brasília também foram identificadas.

Golpe

A dupla de estelionatários foi presa depois de aplicarem o ‘golpe do ferro’ em dois comerciantes do Estado, falando que tinham 20 toneladas de ferro para venda. O preço da carga, segundo a delegada, chega em média a R$ 100 mil e eles negociaram o ferro cantoneira por R$ 48 mil.

Um deles iria pegar R$ 23 mil e outro R$ 25 mil. No dia 3 de setembro, os estelionatários encontraram os comerciantes na frente de um supermercado. No local, Thiago se apresentou como funcionário da DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que os levou para uma empresa de ferro na saída para São Paulo.

Um terceiro suspeito, que está foragido, se apresentou como “Lucas” e apontou para um dos caminhões que estavam no estacionamento como a ‘possível’ carga que as vítimas levariam. Ele pediu que os comerciantes fossem a um escritório da cidade “assinar a papelada” enquanto ele liberava a carga.

Os comerciantes foram a um escritório que fica perto do Horto Florestal. No local, estava Ademir, de terno e gravata, o homem se apresentou como advogado (“doutor”). Ele afirmou que estava em uma reunião e que atenderia as vítimas rapidamente. Após o pagamento em dinheiro as vítimas assinaram um documento, e Ademir pediu um tempo para buscar um carimbo.

Como o homem não voltou, as vítimas perguntaram para quem estava no local o que funcionava ali e foram informados que era um posto de saúde.