Gaeco desmantela quadrilha que faturava mais de R$ 14 milhões por ano com tráfico

Líder da quadrilha usava garagens de venda de carro para lavar dinheiro do tráfico

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Líder da quadrilha usava garagens de venda de carro para lavar dinheiro do tráfico

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou na manhã desta terça-feira (4), a Operação Rédea Curta, com o objetivo de combater uma quadrilha especializada no tráfico de drogas, na região de Dourados e Ponta Porã. A ação conta com o apoio do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Polícia Militar. Foi apurado que o grupo movimentava mais de R$ 14 milhões por ano.

De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Dourados,8 mandados de prisão preventiva (nas cidades de Dourados e Itaporã), 18 mandados de busca e apreensão (16 em Dourados – 4 no Distrito de Vila Vargas e 1 no Distrito de Indápolis; 1 em Itaporã; e 1 em Ponta Porã), 6 conduções coercitivas, em Dourados, expedidas pelo Juiz de Direito  além de 6 notificações.

A operação é realizada após um ano e meio de investigações sobre a organização criminosa. Foi apurado que o grupo transportava cocaína de Ponta Porã para o interior de São Paulo e do Paraná.

Identidades falsas

Apontado como líder da quadrilha, Wilton Leite da Costa, utilizava identidades e CPFs falsos em nome de Wilton Leite e Costa, Wilton Andrade Leite, Wilton Leite Silva e Wilton Leite da Silva.

Conforme apurado pelo Gaeco, ele comprava e vendia as drogas, pessoalmente, acertando com os compradores dos Estados de São Paulo e do Paraná. Ele recebia pagamentos em espécie, em veículos e também em valores depositados em contas bancárias de terceiros. Para a comercialização dos veículos contava com o auxílio de garagens de Dourados e de Ponta Porã.

Foi descoberto que a quadrilha era liderada por Wilton, conhecido como “Vila Vargas” e que tinha Gustavo Belmont da Silveira como um de seus homens de confiança, responsável pela logística do transporte de cocaína e recrutamento de pessoas.

Para fazer a lavagem do dinheiro vindo do tráfico de droga, Wilton possuía diversas empresas, em nomes de laranjas, que forneciam suas contas bancárias para o fluxo de dinheiro do tráfico de drogas.

Também faziam parte da organização criminosa Rogério Esterque da Silva e Willian Cristaldo Boeira. O último foi preso em flagrante conduzindo veículo com cocaína escondida.

Durante as investigações, foram presas em flagrante de 21 pessoas por tráfico de drogas, com a apreensão de 243,2 quilos de cocaína, 1.365,9 quilos de maconha, 4.112 quilos de crack e 1.015 quilos de haxixe.

Foi constatado que a organização criminosa comercializava, mensalmente, cerca de 20 quilos de cocaína pura, que rendia mais de R$ 14 milhões de reais por ano.

A cocaína era transportada escondida em painéis de veículos, que eram conduzidos por motoristas e seguiam escoltados por batedores, a serviço da organização criminosa.

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