Adolescentes roubam caminhonete e dizem que foram ‘forçados pelo PCC’

O trio alega que foi ameaçado e torturado pelos criminosos

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O trio alega que foi ameaçado e torturado pelos criminosos

Três adolescentes, dois de 14 e um de 15 anos, foram apreendidos depois de praticar o roubo de uma caminhonete no Bairro Mário Covas, região sul de Campo Grande. O trio alega que foi ameaçado e torturado por integrantes de uma facção criminosa.

Segundo a polícia, a vítima de 44 anos saía de um supermercado na Avenida dos Cafezais com sua Ford F-1000 quando foi abordado pelos adolescentes armados que anunciaram o assalto. Um deles entrou pela porta do passageiro e o obrigou a dirigir por uns três quarteirões, antes de ser liberado.

Um Gol branco dava apoio aos adolescentes. Após ser solto, o homem ligou para a Polícia Militar e comunicou o assalto. A polícia em rondas pelo Jardim Aero Rancho avistou o Gol e outro carro, possivelmente um Ônix, estacionado na frente de uma residência.

O condutor do outro carro ao avistar a polícia conseguiu fugir. Na casa onde o Gol branco estava estacionado na frente os militares localizaram a caminhonete furtada na garagem e os três adolescentes.

O trio foi reconhecido pela vítima e conduzido para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. Os três não têm passagem pela polícia e quando foram ouvidos pelo delegado disseram que foram ameaçados e torturados por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e obrigados a cometer o assalto.

Os adolescentes também disseram que pelo crime receberiam certa quantidade de drogas. O delegado plantonista, Reginaldo Salomão, disse que não descarta a possibilidade de PCC, mas vê com reservas essas declarações. O delegado disse que há uma veracidade dos fatos, já que dois deles estavam com os cabelos pintados com spray.

Os três disseram que estavam com dois revólveres na hora do assalto, mas a vítima disse que viu apenas um. No entanto, a arma utilizada no crime não foi localizada. O trio foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) e serão ouvidos pelo Ministério Público.

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