Um mês depois de matar vizinho, policial ‘Pitbull’ continua foragido da polícia

Com faixas, família do homem morto com tiros à queima-roupa pelo policial aposentado protesta contra a impunidade.

Ao completar um mês do crime, o policial aposentado Carlos Roberto Cerqueira, apontado como responsável pela morte de Rodrigo José Rech, na tarde do dia 24 de março no Bairro Monte Castelo segue foragido, mas familiares da vítima  dizem acreditar que ele esteja próximo.

Ricardo Rech, irmão de Rodrigo suspeita de que o policial esteja disfarçado e que acredita já tê-lo visto rondando a região. “Vi um carro passando por aqui com uma pessoa dentro muito parecida com ele,mas com o cabelo pintado de outra cor. Mas tudo indica que seja ele mesmo”, afirma.

Carlos Roberto e Rodrigo José eram vizinhos e a desavença entre eles vinha se desenrolando havia 12 anos. Antes do crime, 14 boletins de ocorrência já haviam sido registrados de ambas as partes, por ameaça, perturbação do sossego e outras.

Para não deixar o fato cair no esquecimento e cobrar maior empenho das autoridades na apuração do caso, familiares, amigos e outras vítimas de violência estão preparando uma manifestação para o próximo sábado.

A concentração está marcada para as 9 horas na esquina das ruas Presidente Dutra com a Zola Cícero, no bairro Monte Castelo. Vários cartazes e faixas já foram confeccionados e serão exibidos durante o ato.

Abandono

A casa do policial aposentado está vazia. A família mudou-se do local logo após o assassinato sem deixar endereço. A situação está preocupando os vizinhos pois o imóvel está servindo de ponto de concentração de usuários de drogas.

“Arrombaram o portão, danificaram a cerca elétrica, já colocaram fogo por duas oportunidades e as pessoas que entram aí deixam entulhos que acumulam água. Temos medo da infestação do mosquito da dengue e também tememos pela nossa segurança”, afirmou uma vizinha que preferiu não se identificar.