Polícia resgata na Capital adolescente e bebê de 5 meses de ‘psicopata’ que pediu socorro em receita

A jovem escreveu no verso de uma receita médica pedido de socorro que atendente de farmácia entregou à PM. Ela engravidou de um homem casado de 40 anos que a manteve presa dentro da casa onde vive com a mulher.

Uma adolescente de 17 anos, foi mantida em cárcere privado pelo companheiro por aproximadamente um ano e só conseguiu escapar após escrever um pedido de socorro atrás de uma receita médica e entregar em uma farmácia do Bairro Guanandi, nesta segunda-feira (18).

Assim que notou o recado no verso da receita a atendente acionou a Polícia Militar, que só conseguiu a localização da jovem com ajuda do registro médico feito no posto de saúde Guanandi, onde ela esteve minutos antes de ir à farmácia.

Conforme o delegado, assim que teve o bebê, que hoje tem 5 meses, a menina descobriu que o companheiro era casado e tinha uma filha, além de ter informado um nome falso a ela.

Quando foi encontrada pela polícia a adolescente estava escondida em um quarto, na mesma casa que a verdadeira mulher de Dirceu, que negou a existência da jovem e foi encaminhada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, onde ficou detida durante a noite. Ela foi enquadrada em crime de favorecimento real, mas foi liberada pela manhã.

O delegado conta que durante quase um ano a jovem viveu nesta situação, sendo agredida fisicamente várias vezes. “As duas, mãe e filha, já estão em segurança, sendo bem tratadas. A criança não apresenta sinais de maus tratos, apenas a mãe que está bem debilitada, mas já está com a família”, relata.

“Durante todo o dia procuramos o Dirceu, já que ele não estava no momento que encontraram a adolescente, mas não tivemos sucesso”, diz Lauretto, “fomos a casa onde eles moravam, o único acesso é a porta que é trancada por dois cadeados pelo lado de fora”.

As investigações sobre o caso continuam com o depoimento de familiares e pessoas próximas. “Também já enviamos documentos para a Vara da Infância e Juventude e para o Conselho Tutelar como medida de segurança”, conclui.