Dupla nega xingamentos a Aranha, mas segue na lista de suspeitos da polícia

Os primeiros torcedores intimados a depor pelos atos de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, negaram envolvimento com o caso. Tiago Oliveira e Rodrigo Rychter compareceram na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre na manhã desta terça-feira e deram versões distintas após serem identificados. Um deles afirmou que não estava no setor […]

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Os primeiros torcedores intimados a depor pelos atos de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, negaram envolvimento com o caso. Tiago Oliveira e Rodrigo Rychter compareceram na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre na manhã desta terça-feira e deram versões distintas após serem identificados. Um deles afirmou que não estava no setor onde foram gravadas as imagens de xingamentos ao jogador. E o outro disse que não proferiu a palavra ‘macaco’. A polícia informou que seguirá investigando e mantém a dupla como suspeita do delito.

Rodrigo Rychter foi um dos torcedores identificados pelo Grêmio, no momento da entrega de 60 minutos de imagens do circuito interno de segurança da Arena à polícia. Ele confirmou que estava na arquibancada norte, mas não deu maiores detalhes de seu depoimento.

“Já foi esclarecido, dei o depoimento certinho. Foi tudo esclarecido. Não xinguei o goleiro. Não vou ser indiciado, pois já foi esclarecido. Eu não faço parte da Geral, estava no jogo, mas não xinguei o goleiro”, disse o torcedor após duas horas de depoimento.

“O Rodrigo confirmou que estava no local, mas não assumiu nada. As imagens que temos mostram ele na torcida, mas não deixam claro se ele falou algo. Ele segue sendo investigado”, disse Lindomar Souza, comissário de polícia.

Uma hora antes, o primeiro intimado foi ouvido e negou participação nos atos. No depoimento de 30 minutos, Tiago Oliveira, 23 anos, afirmou que estava em outro setor da Arena e que jamais teve ligação com a torcida ‘Geral do Grêmio’. O resumo dele: a identificação feita pela Polícia Civil foi falha.

“Não era eu. Fizeram uma confusão, eu estava do outro lado do estádio. Foi um erro, eu nunca frequento aquela área da Arena. O rapaz (flagrado nas imagens obtidas pela polícia) é muito parecido comigo, mas não sou eu”, disse Oliveira, acompanhado do pai.

A Polícia Civil fará uma nova averiguação das imagens. O objetivo é chegar até o setor onde Tiago Oliveira garantiu ter assistido o jogo entre Grêmio e Santos, ao lado do irmão. Se ele não for localizado no local, receberá uma nova intimação.

“Vamos buscar as imagens deste outro setor. Se ele não aparecer lá, será chamado para depor novamente”, apontou o comissário.

Patrícia Moreira, 23 anos, flagrada pelas câmeras da ESPN proferindo a palavra ‘macaco’, prestará depoimento na quinta-feira. Ao jornal Zero Hora, o irmão dela afirmou que a ideia da torcedora é pedir desculpas em rede nacional.