Preso em flagrante dono de supermercado que apoiou campanha eleitoral em Bonito
Cleyton Biaggi de Oliveira teria vendido cerveja a R$ 1,00 no momento da adesivagem para a campanha de Leleco e Luisa, feita em frente ao estabelecimento comercial de sua propriedade.
Arquivo –
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Cleyton Biaggi de Oliveira teria vendido cerveja a R$ 1,00 no momento da adesivagem para a campanha de Leleco e Luisa, feita em frente ao estabelecimento comercial de sua propriedade.
O dono do supermercado Vencedor, Cleyton Biaggi de Oliveira, foi parar na cadeia após apoiar a campanha eleitoral do candidato a prefeito Leonel Lemos de Souza Brito, conhecido como Leleco (PTdoB), em Bonito – distante a 300 km de Campo Grande. A coligação do candidato adversário, Odilson Soares (PSDB) ingressou com um AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), no último dia 14 de fevereiro após constatar que os atos de campanha de Leleco vinham sendo realizados com venda de bebida alcoólica a R$ 1,00.
Segundo informações de moradores, durante adesivagem nos dias 9 e 10 de fevereiro, intitulada “Blitz do Bem”, o dono do supermercado teria vendido cerveja a preço reduzido, no valor de R$ 1,00, no momento da campanha de Leleco. A adesivagem foi feita em frente ao comércio, o que configura crime eleitoral.
A Justiça Eleitoral foi até o supermercado e confirmou as denúncias. Contudo, em depoimento à Justiça na manhã desta segunda-feira (18), Cleyton negou que a venda de cerveja tivesse cunho eleitoreiro e acabou preso em flagrante por falso testemunho.
Isso porque a Justiça tinha conhecimento de um post da esposa dele, Daniela Becker, na rede social Facebook, convocando as pessoas para participar da adesivagem e citando a venda da cerveja. Com isso, Cleyton recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a delegacia de Bonito, por volta das 11h.
A reportagem tentou entrar em contato com o promotor Thalys Franklyn de Souza, mas não obteve sucesso. O delegado Roberto Gurgel também não foi encontrado.
AIJE
Conforme informações do advogado, Aderbal Luis Lopes de Andrade, a coligação de Odilson entrou com uma AIJE, no dia 14 de fevereiro, após constatar que nas campanhas de Leleco realizadas no Bar do Ramão e em frente ao supermercado Vencedor, havia venda de cerveja a R$ 1,00.
Segundo Andrade, a juíza Adriana Lampert deferiu uma liminar no domingo (17), proibindo qualquer ato de representação de Leleco em frente a locais de venda de bebidas alcoólicas, com incidência de multa de R$ 250,00 por simpatizante. Além disso, a magistrada determinou que o Bar do Ramão e o Supermercado apresentem as notas de venda de cerveja dos últimos 30 dias.
O dono do supermercado foi o primeiro a ser ouvido e acabou preso. Há possibilidade que seja arbitrada fiança
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