Músico preso diz que tinha autorização para usar sinalizador dentro da boate Kiss

O vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, afirmou, em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, que tinha autorização para usar um sinalizador dentro da boate Kiss, em Santa Maria (RS). O uso do artefato causou o incêndio que, no dia 27 de janeiro, matou 242 pessoas até agora. “Não era […]

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O vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, afirmou, em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, que tinha autorização para usar um sinalizador dentro da boate Kiss, em Santa Maria (RS). O uso do artefato causou o incêndio que, no dia 27 de janeiro, matou 242 pessoas até agora.

“Não era a primeira vez que a gente fazia [usava o sinalizador] “, afirmou Santos ao responder que tinha autorização para usar o artefato pirotécnico dentro da boate. Foi a primeira declaração pública do músico desde que foi preso em 28 de janeiro, acusado de participação no incêndio.

Segundo o vocalista, o empresário Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate e que também está preso, mente quando diz que não sabia sobre o show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira durante o show.

“Ele sabia. A gente toca na boate desde 2010”, contou, de dentro da Penitenciária Estadual de Santa Maria.

Para Santos, não foi o sinalizador que causou o incêndio na Kiss. O vocalista contou que em momento algum levantou o artefato que estava instalado em uma luva.

“O Luciano [Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor da banda, também preso] botou [o artefato] na minha mão, e eu simplesmente só fiz esse movimento da esquerda para direita”, disse, contradizendo o que 98 testemunhas depuseram à polícia.

Santos ainda disse que o incêndio na boate começou cerca de três minutos depois que Luciano tirou a luva de sua mão.

“Meu irmão me chamou e apontou pra cima. Eu olhei e era fogo”, relembrou.  No entanto, o vocalista diz não saber o que causou o incêndio.

O músico também revelou que não sabe nada sobre artefatos pirotécnicos e acusou o dono da loja que vendeu o sinalizador de dizer que aquele material não oferecia perigo à boate.

“O Luciano se informou com o proprietário [da loja] quando ele  comprou a primeira vez lá. E ele deu total garantia”, afirmou.