Policiais federais em greve vão distribuir panfletos durante o Sete de Setembro

Servidores da Polícia Federal, professores de algumas universidades federais e funcionários da Receita Federal continuam em movimento grevista. Estão previstas para o Sete de Setembro, amanhã (7), novas manifestações dos policiais federais, organizadas pelos sindicatos estaduais da categoria. Segundo informou a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), serão distribuí…

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Servidores da Polícia Federal, professores de algumas universidades federais e funcionários da Receita Federal continuam em movimento grevista. Estão previstas para o Sete de Setembro, amanhã (7), novas manifestações dos policiais federais, organizadas pelos sindicatos estaduais da categoria.

Segundo informou a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), serão distribuídos panfletos em desfiles e realizadas outras atividades em superintendências, aeroportos e delegacias.

Hoje (6), foi realizada uma videoconferência entre os 27 sindicatos estaduais da categoria para avaliar o andamento das negociações ao longo da semana e decidir pela manutenção ou pelo fim da greve. Liminar de juiz federal impede o desconto dos dias parados.

A Fenapef informou que não houve avanço após a reunião realizada ontem (5) com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Os líderes da greve deverão voltar a se reunir na tarde da próxima terça-feira (11). Estão paralisados agentes, escrivães e papiloscopistas.

As principais reivindicações dos policiais federais são a reestruturação da carreira, com o aumento do salário inicial de R$ 7,5 mil para R$ 11 mil, e a saída do diretor-geral da PF, Leandro Daiello. Os servidores argumentam que o diretor não representa todos os funcionários da categoria, exceto os delegados.

Também hoje, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) informou que o fim da greve dos professores de algumas universidades federais não deverá terminar antes do próximo domingo (9). Foram realizadas assembleias estaduais ao longo da semana e as atas das reuniões devem ser discutidas antes que alguma decisão política seja tomada.

No caso dos servidores da Receita Federal, os funcionários mantêm a realização de operações-padrão e de crédito zero (em que os impostos recolhidos são contabilizados, mas não repassados ao sistema). O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) estima que o impacto das operações de crédito zero para a Receita tenha sido de 6,5 bilhões nos últimos dois meses.

Segundo o Sindifisco, 90% dos servidores da categoria rejeitaram a proposta do governo feita no último dia 30, de aumento de 15,8% em três parcelas. Haverá nova paralisação nacional na terça e na quarta-feira da próxima semana, em que se espera que 100% dos servidores da área administrativa da Receita fiquem inativos. Nas áreas de aduanas, em portos e zonas portuárias, as atividades serão mantidas normalmente.

O sindicato disse que, caso não haja negociação com o Executivo, os funcionários da Receita cogitam recorrer ao Congresso Nacional para aprovar mudanças salariais e na carreira. Os auditores fiscais do órgão querem reajuste de 30%, recomposição dos quadros da carreira e adicional para servidores em zonas de fronteira.

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