Polícia prende estuprador do bairro Chácara das Mansões

Polícia Civil já descobriu cinco casos desde 2007, mas a suspeita é de que ele tenha feito ainda mais vítimas. Chorando, ele pediu perdão as vítimas e disse precisar de ajuda.

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Polícia Civil já descobriu cinco casos desde 2007, mas a suspeita é de que ele tenha feito ainda mais vítimas. Chorando, ele pediu perdão as vítimas e disse precisar de ajuda.

Com a desculpa de caçar tatus e buscar mandiocas durante a madrugada, Dilcleber Aparecido da Silva, 41 anos, na verdade estuprava mulheres, no bairro Chácara das Mansões, região sul de Campo Grande. Até o momento, a Polícia Civil descobriu cinco casos de estupro de sua autoria desde 2007, mas a suspeita é de que ele tenha feito ainda mais vítimas.

“Ele não possuía preferência por mulheres e a prática do crime era sempre mediante muita violência, já que ele amarrava e amordaçava suas vítimas. O autor estava sempre com luvas, cordas e com o tempo foi aperfeiçoando o seu modo de agir. As primeiras mulheres até conseguiram entrar em luta corporal com ele, o que não aconteceu com as três últimas, em que ele usou camisinha, agrediu e passou mais de uma hora para concluir o ato sexual”, afirma a delegada Rosely Molina, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher).

De acordo com a delegada Marília de Brito Martins, que também participou das investigações e interrogou Dilcleber, ele sempre possuía algum conhecimento antes de abordar a vítima. As mulheres tinham entre 25 e 68 anos.

“Em 2008, por exemplo, ele trabalhava em uma casa de ração próximo de onde a mulher morava e a observava de lá. Em outro caso, ele trabalhou em uma chácara próximo onde a vítima morava e, em outra ocasião, até trabalhou para a própria vítima, tendo conhecimento sobre a rotina e o momento certo de abordar”, explica a delegada.

Dilcleber foi identificado pela Polícia Civil já em 2009, quando um resultado de DNA, de uma camisinha que ele jogou próximo ao local do crime o apontou como principal suspeito.

“Ele poderia estar preso desde aquela época, mas a vítima, fragilizada por conta do estupro, se mudou da cidade. Nossas buscas então se voltaram a ela, para que ela pudesse representar criminalmente contra ele e com isso pediríamos a prisão preventiva de Dilcleber”, afirma a delegada.

Após a última vítima, no dia 28 de fevereiro de 2012, “as provas que a Polícia Civil já possuía começaram a recair com mais ‘força’ sobre ele, segundo a delegada. “Alguns moradores do bairro suspeitavam dele e traços repassados pela vítima também coincidiam, por isso o chamamos para depor na delegacia. “Ao chegar aqui na Deam, ele percebeu que tínhamos conhecimento dos crimes e confessou friamente”, conta a delegada.

Com relação ao seu modo de agir, a delegada explicou que Dilcleber também praticava atos libidinosos diversos, que gostava de pegar as vítimas “na marra” e que a demora para praticar o ato se deve a uma dificuldade de ereção que ele possui.

Questionado sobre os crimes, Dilcleber chorou muito, pediu perdão as vítimas, a esposa e o filho e disse também precisar de ajuda. “Eu não sei dizer o que acontecia comigo e acho que preciso de tratamento”, disse o acusado.

Dilcleber é natural de Aparecida do Taboado, cidade distante a 467 quilômetros de Campo Grande e estava na Capital há dez anos. Casado, pai de um menino de seis anos e sem profissão definida, ele alega “fazer bicos” no bairro Chácara das Mansões, onde morava há dez anos. O autor já possuía um antecedente criminal por tráfico de drogas. Ele será indiciado agora pelos crimes de Atentado Violento ao Pudor e Estupro.

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