Polícia esclarece assassinato de Chapolin, morto a facadas após briga por drogas

Policiais da 1ª D.P. (Delegacia de Polícia), em Campo Grande, esclareceram mais um assassinato que ocorreu por conta de discussão por drogas. Duas pessoas envolvidas no crime foram presas e estão temporariamente nas celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. De acordo com o delegado Said, a identificação dos envolvidos ocorreu por conta […]

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Policiais da 1ª D.P. (Delegacia de Polícia), em Campo Grande, esclareceram mais um assassinato que ocorreu por conta de discussão por drogas. Duas pessoas envolvidas no crime foram presas e estão temporariamente nas celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

De acordo com o delegado Said, a identificação dos envolvidos ocorreu por conta de câmeras, que mostram exatamente o momento em que Daniel corre atrás da vítima com uma faca em mãos. E testemunhas foram ouvidas até o delegado obter a real versão do crime.

“Até o início da próxima semana vou concluir o inquérito e pedir a prisão preventiva de Daniel Ferreira de Oliveira, 28 anos, vulgo “magrão” ou “cientista político”, autor do assassinato. Já Wagner Ribeiro Reis, 22 anos, conhecido como “neguinho”, que sabia da intenção de Daniel de matar a vítima e não acionou a polícia, irá responder pela participação no crime”, afirma o delegado Miguel Said, responsável pelas investigações.

Segundo o inquérito policial, na madrugada do dia 12 de abril, Daniel, que é viciado em pasta base, foi comprar droga com uma mulher identificada como Sol, na rua 15 de novembro. “Ela teria entregado farinha ao invés do entorpecente e por isso Daniel foi reclamar momento em que ela foi chamar Júlio César Queiroz da Silva, 26 anos, vulgo “Chapolin”, para bater em Daniel”, conta o delegado.

Vingança

Após isso, eles tiveram uma discussão e Daniel foi embora. Ele voltou em sua casa, localizada na avenida Ernesto Geisel para pegar uma faca e encontrou com o “Neguinho”, no cruzamento da avenida com a rua Barão do Rio Branco. Ambos foram ao encontro de “Chapolin”, no cruzamento da rua 15 de novembro com a Anhanduí, próximo ao Mercadão Municipal e o Camelódromo.

”Ao se deparar com Júlio César, Daniel fez um movimento com as pernas e derrubou a vítima. Foram ao todo 12 facadas nas costas, pescoço e tórax”, afirma o delegado Said. A partir daí, as investigações tiveram início e Wagner foi preso no dia 15 de junho, na avenida Afonso Pena.

Já Daniel se apresentou na manhã desta quarta-feira (20), acompanhado do advogado, na 1ª D.P. e contou uma outra versão do crime, desmentida através das imagens obtidas pela polícia.

“Daniel será indiciado por Homicídio Duplamente Qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e motivo torpe. A pena pode chegar até 30 anos de prisão. E por saber que Daniel iria matar Júlio César e não fazer nada, alegando ter sido ameaçado, Wagner será indiciado por partícipe no crime”, conta o delegado.

Por ter assassinado Júlio César, o delegado conta que Daniel está jurado de morte pelos amigos da vítima. “Para ele é melhor ficar preso, por isso se entregou a polícia”, diz o delegado. Ambos, Daniel e Wagner, não quiseram conversar com a imprensa.

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