Justiça aceita denúncia contra 12 por morte no Hopi Hari

A cadeira ocupada por Gabriela Nichimura estava há dez anos desativada, mas não tinha nenhuma sinalização para alertar os frequentadores sobre os riscos de utilização

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A cadeira ocupada por Gabriela Nichimura estava há dez anos desativada, mas não tinha nenhuma sinalização para alertar os frequentadores sobre os riscos de utilização

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) recebeu nesta segunda-feira denúncia do Ministério Público contra 12 pessoas consideradas responsáveis pela morte da adolescente Gabriela Yukari Nichimura, no parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP), em fevereiro deste ano.

As denúncias foram feitas devido à omissão de cuidados que deveriam impedir a utilização da cadeira utilizada pela adolescente no brinquedo La Tour Eiffel. Entre os denunciados estão o presidente do parque, Armando Pereira Filho, e o gerente-geral de manutenção de projetos, Stefan Fridolin Banholzer, além de funcionários do Hopi Hari. Eles vão responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Gabriela caiu do brinquedo Torre Eiffel na manhã do dia 24 de fevereiro. Ela estava acompanhada dos pais, tia e prima. Segundo as primeiras investigações, o equipamento apresentava defeito na trava de segurança. A jovem caiu de uma altura entre 10 m a 30 m.

O laudo conclusivo sobre a morte de Gabriela apontou que não havia nenhum dispositivo, visual ou sonoro, para alertar os frequentadores de que a cadeira escolhida pela jovem estava inoperante. A adolescente caiu do brinquedo Torre Eiffel, que simula uma queda livre.

Ainda segundo o laudo, os funcionários do parque perceberam problemas durante o funcionamento do brinquedo, que parava no meio do percurso ou no topo, sem descer. Nessas ocasiões, as cadeiras eram baixadas lentamente para recomeçar o procedimento. Como o assento de Gabriela não tinha fivela de segurança, ela se soltou do aparelho e despencou.

 

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