Gaeco prende um policial e dois suspeitos por envolvimento em assassinato

A continuidade das investigações com relação ao crime organizado e a máfia da jogatina, realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta segunda-feira (28), culminaram na prisão de mais três pessoas envolvidas no crime, sendo uma delas policial civil. O investigador Mario Cesar Velasque Ale, lotado na Deops […]

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A continuidade das investigações com relação ao crime organizado e a máfia da jogatina, realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta segunda-feira (28), culminaram na prisão de mais três pessoas envolvidas no crime, sendo uma delas policial civil.

O investigador Mario Cesar Velasque Ale, lotado na Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), além de Flaviano Cantasini, conhecidos como Kiko e supostamente ligado ao jogo do bicho e Robson Robeiro Mota Mota – preso junto com Andrey na operação Las Vegas por suposta ligação com a máfia dos caça níqueis prestam depoimento neste momento e depois serão encaminhados a 3° D.P. (Delegacia de Polícia).

O policial do Deops já tinha sido preso no início do mês durante a operação Orfeu, deflagrada pelo Gaeco, na qual foram apreendidas diversas máquinas de caça-níquel e de música, não licenciadas. Na ocasião, foi encontrado com o policial um revólver calibre 38 com documentação vencida e munições. Agora, os mandados de prisão expedidos pela Justiça são temporários, com validade de 30 dias, podendo ser prorrogados.

Segundo um investigador responsável pelo caso, como o Deops é incumbido da concessão de alvarás a estabelecimentos ligados a diversão, a conversa de Mario César com Andrey teria sido parte do plano para executá-lo.

Andrey tinha prisões por contravenção

Já Andrey foi morto em 23 de fevereiro na rua Rio Grande do Sul, quase esquina com a rua da Paz. Dois homens armados de motocicleta pararam ao lado do veículo e deram dois tiros, acertando um no pescoço da vítima. Ele era passageiro do Fiat Siena dirigido por Pedro Lauro Gonçalves, que também foi atingido na cabeça, mas sobreviveu.

Andrey já havia sido preso quatro vezes em menos de dois anos por envolvimento com jogos de azar. Em 2007 esteve envolvido com a operação Xeque-Mate, que desmontou um esquema de exploração de caça-níqueis; em 2008 foi preso mais duas vezes, uma delas em um cassino.

Em 2009, além dele, Robson Mota também foi preso durante a operação Las Vegas, que prendeu 18 integrantes de uma organização criminosa que explorava jogos de azar, em dois cassinos de Campo Grande. A operação envolveu 146 profissionais que estiveram em 40 endereços, sendo dois cassinos, três escritórios, 13 pontos comerciais, 19 residências e uma empresa de material de construção.

Na operação Robson foi apontado como sendo responsável pela distribuição de máquinas nos pontos e Andrey acusado de suposta sociedade com o chefe da organização criminosa no Cassino Caju.

De acordo com o delegado Wellington de Oliveira, responsável pelas investigações da morte de Andrey, o inquérito segue em segredo de justiça, mas existem investigações paralelas. “Estou indo para a diretoria da Polícia Civil para saber ao certo sobre as operações do Gaeco e da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado)”, disse em entrevista ao jornal Midiamax.

Já o promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco, afirma que as prisões resultam em uma possível ligação com a morte de Andrey e que o caso está sendo investigado. (Texto editado para retirada, a pedido, de nome citado, porém não implicado na investigação)

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