Detran restringe 84 CNHs de Naviraí por suspeitas de fraudes e mais um é preso

O Detran de Mato Grosso do Sul restringiu o uso de 84 CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação) retiradas em Naviraí por suspeita de envolvimento nas fraudes identificadas durante a Operação Sinal Vermelho, da Corregedoria do órgão. Nesta segunda-feira (16), mais um mandado de prisão foi cumprido, subindo para 18 o número de envolvidos presos, além […]

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O Detran de Mato Grosso do Sul restringiu o uso de 84 CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação) retiradas em Naviraí por suspeita de envolvimento nas fraudes identificadas durante a Operação Sinal Vermelho, da Corregedoria do órgão. Nesta segunda-feira (16), mais um mandado de prisão foi cumprido, subindo para 18 o número de envolvidos presos, além de dois foragidos.

 

Ontem (16) a delegada Aline Sinnott Lopes pediu a prisão preventiva de 14 deles, que devem sair da temporária até a meia noite de hoje (17). Segundo ela, nem todos dos 18 que estão presos preenchiam os requisitos para cumprirem a preventiva. O resultado deve sair ainda nesta terça-feira.

 

De acordo com Aline, corregedora do Detran, as CNHs estão com restrição de uso no sistema. Os donos das habilitações serão convocados ainda nesta semana para prestarem esclarecimentos junto ao órgão de como obtiveram as carteiras. Caso sejam comprovadas as irregularidades, as habilitações serão suspensas e as pessoas envolvidas responsabilizadas.

 

Segundo a delegada, as investigações prosseguem durante as próximas duas semanas em cidades de todo o Estado e neste período outros processos devem ser abertos. Após encerradas as investigações, se dará início à parte de processo administrativo, que deverá resultar na demissão dos envolvidos.

 

Na operação, deflagrada na madrugada da última sexta-feira (13), foram constatadas facilitações nas provas práticas da emissão de CNHs das categorias A, B, C, D e E. Instrutores de autoescolas e aplicadores de prova do Detran, cúmplices em uma quadrilha, articulavam com os candidatos vendas de pacotes para exames médicos e práticos. Os valores dos pacotes, dependendo do que seria facilitado no teste, variavam de R$ 800 a R$ 3.000, em valores parcelados. À vista, o pacote saía por R$ 2.500.

 

Analfabetos entregavam outros comprovantes de residência para realizar testes em cidades do interior, como Juti, Caarapó, Douradina, Dourados e Itaquiraí, onde as pistas de testes são menos complicadas que as de Campo Grande, segundo Aline.