Policial federal que matou PM em Dourados confirma que queria ‘apenas um encontro’

O policial federal Leonardo de Lima Pacheco, que matou no Dia das Mães o policial militar Sandro Álvares Morel, prestou depoimento a polícia hoje em Dourados. Durante mais de cinco horas sempre acompanhado do advogado Felipe Azuma, o policial apresentou praticamente a mesma versão dada pela guarda municipal Zilda Aparecida Ramires Rodrigues, considerada o pivô […]

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O policial federal Leonardo de Lima Pacheco, que matou no Dia das Mães o policial militar Sandro Álvares Morel, prestou depoimento a polícia hoje em Dourados.

Durante mais de cinco horas sempre acompanhado do advogado Felipe Azuma, o policial apresentou praticamente a mesma versão dada pela guarda municipal Zilda Aparecida Ramires Rodrigues, considerada o pivô da “operação” que acabou em tragédia.

Leonardo confirma no depoimento que conheceu Zilda numa sala de bate-papo de um portal na internet no canal direcionado para localidades.

Ele se interessou por Zilda que se identificava como “Cláudia” na sala de pessoas de Dourados. Ele afirma que quando começaram a conversar o seu objetivo “era realmente conseguir um encontro” com a mulher quando então passou a tentar conquistá-la chegando mostrar fotografias dele.

O policial federal confirmou os diálogos com Zilda no MSN no início da tarde de domingo e disse que o PM Sandro Morel ao entrar no seu apartamento apenas sussurrava não dando para entender claramente o que falava.

Leonardo Pacheco disse que Morel fez o primeiro disparo que atingiu seu braço esquerdo e perfurou superficialmente sua barriga. Este tiro acabou fazendo quatro perfurações em seu corpo. O outro tiro atingiu de raspão suas costas. Depois do primeiro tiro disparado pelo PM, o policial federal fez os disparos que acabaram matando Morel.

O delegado Humberto Perez, que preside o inquérito, afirmou que está esperando o resultado da perícia feita nos computadores de Leonardo e de Zilda para anexar no processo. “Acredito que deveremos ouvir mais pessoas”, disse o delegado.

Leonardo disse que Zilda usava um celular com número restrito e a foto colocada por ela no MSN era de outra pessoa ou mesmo dela muito mais jovem. Leonardo é graduado em História pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) de Belo Horizonte e durante algum tempo chegou a lecionar para adolescentes.

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