Caso Aline: vítima foi escolhida ao acaso; acusados estão presos

Estão presos os dois acusados da morte da adolescente Aline Pereira Quiantareto, 16, ocorrida na noite de 06 de setembro, na rua Teodomiro Serra, próximo à Igreja São Vicente de Paulo, no bairro Popular Velha. Aline foi morta com um tiro no peito após entregar o telefone celular aos ladrões. A dupla confessou o crime […]

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Estão presos os dois acusados da morte da adolescente Aline Pereira Quiantareto, 16, ocorrida na noite de 06 de setembro, na rua Teodomiro Serra, próximo à Igreja São Vicente de Paulo, no bairro Popular Velha. Aline foi morta com um tiro no peito após entregar o telefone celular aos ladrões. A dupla confessou o crime e vai responder por latrocínio, que é roubo seguido de morte.

“A vítima foi escolhida a esmo. Eles passaram algumas vezes pela rua e viram a Aline falando ao celular. Ela ia fazer um lanche quando os dois a abordaram”, disse o delegado Enilton Zalla em entrevista coletiva.

As investigações duraram oito dias e os policiais civis chegaram aos acusados na manhã desta terça-feira, dia 14, após fecharem o círculo de provas contra Wesley Evandro Souza Prado, 18, e um adolescente de 16 anos. Ambos moradores na região conhecida como Conjunto Ipanema, no bairro Universitário.

Zalla informou que Wesley foi o autor do disparo. O revólver de cano longo e calibre 22 – conhecido como TA – era do adolescente infrator. A arma teria sido roubada de um peão de fazenda. Wesley teria dito à Polícia que o disparo foi acidental. Ele não conhecia a garota.

“Está mais do que provado. Temos o principal produto roubado que é o celular; a arma com cinco munições intactas, e as roupas usadas pelos autores no momento do crime (dois casacos um branco com capuz e desenhos e o outro azul marinho). Foram reconhecidos por três testemunhas, inclusive pelo primo da Aline”, disse Zalla ao apresentar, na manhã desta quarta-feira, 15 de setembro, as provas que levaram à prisão dos acusados e anunciar o esclarecimento do caso. Ainda foram apreendidas as duas bicicletas usadas pelos ladrões no momento do assalto a Aline.

De acordo com o delegado, Wesley e o adolescente venderam o celular da vítima – modelo Touchscreen – por cem reais. Com o dinheiro, no mesmo dia, compraram uma caixa de pasta base de cocaína, algo em torno de 60 gramas da droga. “Testemunhas disseram que os autores saíram dando risadas e encarando as pessoas após o crime”, contou Zalla.

No local onde foi vendido o telefone de Aline, a Polícia Civil apreendeu 11 celulares – um deles da vítima –; uma máquina digital; um aparelho de som automotivo; carteira; documentos de identidade e uma quantia em dinheiro. A dona do imóvel vai ser investigada.

Wesley Evandro Souza Prado tem passagens policiais, quando adolescente, por envolvimento com drogas. A Polícia ainda confirma se por tráfico ou posse. Ele vai responder por latrocínio, que tem pena de 24 anos até 30 anos de prisão, e será encaminhado para o presídio masculino. O outro acusado por sem menor de idade responderá por ato infracional de latrocínio consumado e pode permanecer por um período máximo de internação de três anos. Ele vai ser levado para a Unei.

Sem participação

Inicialmente, dois adolescentes tinham sido apreendidos suspeitos da morte de Aline Quiantareto. A dupla não tinha relação com o crime, explicou o delegado. “Os dois menores conversavam sobre o crime; alguém ouviu e os denunciou. As investigações e as provas confirmaram que não tinham qualquer ligação. Pedimos a soltura deles à Justiça e eles estão em liberdade”, esclareceu Enilton Zalla. Fonte: Diário Corumbaense (www.diarionline.com.br). Fonte: Diarionline / Diário Corumbaense

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