A secretária de Relações Exteriores do , Liz Truss, alertou a (UE) nesta quinta-feira (12) que o governo britânico “não terá opção além de agir” para revogar partes do acordo do Brexit sobre a Irlanda do Norte se o bloco não demonstrar flexibilidade.

Arranjos pós-Brexit para inspeções na fronteira e alfandegárias na Irlanda do Norte tornaram-se “o maior obstáculo” para a formação de um novo governo em Belfast, segundo Truss, que falou durante ligação telefônica com o vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic.

Questões fronteiriças entre a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, e a Irlanda, que pertence à UE, há tempos impõem as maiores dificuldades ao complicado divórcio entre britânicos e o bloco.

O problema voltou à tona após o Partido Unionista Democrático (DUP, pela sigla em inglês) se recusar nesta semana a formar um acordo de coalizão com o nacionalista Sinn Fein, a menos que os arranjos pós-Brexit sejam significativamente alterados ou revogados.

A abertura da fronteira irlandesa é um aspecto fundamental do processo de paz que encerrou décadas de violência na Irlanda do Norte, que é o único território do Reino Unido a ter fronteira com um país da UE. O bloco e o Reino Unido concordaram em manter a fronteira irlandesa livre de inspeções alfandegárias e de outros controles após o Brexit, que entrou definitivamente em vigor no fim de 2020.

No entanto, alguns produtos, como carne e ovos, sofrem inspeções ao entrar na Irlanda do Norte oriundos de outras partes do Reino Unido. O DUP se opõe fortemente às regras, com o argumento de que os controles criaram uma barreira que mina a identidade britânica de seus membros.

Fonte: Associated Press.