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Mundo

Migrantes venezuelanos na América Latina serão 8,9 milhões em 2022

Alerta é do representante da ONU Eduardo Stein
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A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou nessa quinta-feira (9) que até o fim de 2022 haverá 8,9 milhões de e refugiados venezuelanos radicados em 17 países da América Latina, superando os atuais 6 milhões.

O alerta foi feito por Eduardo Stein, representante especial conjunto da agência da ONU para refugiados (Acnur) e da Organização Internacional das Migrações (OIM), no lançamento do Plano Regional de Resposta a Refugiados e Migrantes (RMRP). O plano prevê que serão necessários US$ 1,79 milhão para apoiar os venezuelanos que escaparam da crise política, econômica e social em seu país.

Segundo Stein, o número inclui “6 milhões de pessoas venezuelanas no destino, mais 1,9 milhão em movimentos pendulares e quase 1 milhão de retornados colombianos”.

“Estima-se que 8,4 milhões de pessoas vão necessitar de assistência, incluindo 2 milhões de integrantes das comunidades de acolhimento. Trata-se de um forte aumento de pessoas com necessidades, em comparação com anos anteriores. É também um reflexo dos crescentes desafios que enfrentam tanto os refugiados e migrantes da quanto as comunidades de acolhimento”, acrescentou.

O representante da ONU disse ainda que 3,8 milhões de venezuelanos vão receber assistência direta do RMRP 2022, programa que alcançou o número sem precedentes de 192 associados, entre eles 23 organizações da diáspora venezuelana, dirigidas por refugiados e migrantes, assim como 117 organizações não governamentais (ONGs).

Segundo Eduardo Stein, o programa prevê fortalecer os processos de reconhecimentos de títulos acadêmicos e certificações profissionais, meios de subsistência, geração de recursos e a execução de programas de coesão social para combater a xenofobia.

Necessidades básicas 

O setor da saúde terá o maior número de beneficiários, com 2,72 milhões, o que demonstra, de acordo com a ONU, o número de pessoas com problemas de saúde no contexto da pandemia de covid-19 e a importância de reforçar os sistemas nacionais para prestar serviços sanitários a refugiados, migrantes e comunidades de acolhimento.

Stein explicou que, em 2022, a maioria dos migrantes venezuelanos “terá passado vários anos nas comunidades de acolhimento” e, por isso, suas necessidades vão além “de intervenções imediatas para salvar vidas, incluem o acesso, a regularização, documentação, proteção, autossuficiência e integração”.

“Por essa razão, o apoio a iniciativas de regularização e documentação para refugiados e migrantes da Venezuela é uma prioridade para o RMRP 2022. Vinculado a isso está a prioridade de facilitar a integração local, promovendo a inclusão nos sistemas nacionais de proteção social, planos de vacinação da covid-19 e planos a mais longo prazo, para garantir o direito à saúde, educação, habitação e outros serviços essenciais”, observou.

A crise política, económica e social venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando o então presidente do Parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou assumir publicamente as funções de presidente interino do país, até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas.

 

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