Na Colômbia, quem burla a quarentena fica preso pelo pé no meio da rua
A prefeitura da cidade de Tuchín, na Colômbia, está adotando mais severas para quem descumprir as nomais do isolamento social. Agora, quem burlar a quarentena e estiver vagando sem motivo pelas ruas pode ficar de castigo, presos pelos pés em uma estrutura de madeira, conhecida como cepo, em uma das praças públicas da cidade. As […]
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A prefeitura da cidade de Tuchín, na Colômbia, está adotando mais severas para quem descumprir as nomais do isolamento social. Agora, quem burlar a quarentena e estiver vagando sem motivo pelas ruas pode ficar de castigo, presos pelos pés em uma estrutura de madeira, conhecida como cepo, em uma das praças públicas da cidade. As informações são do Correio+.
“Aumentamos a base de força no município, juntamente com a Guarda Indígena, o Exército e a Polícia. Pessoas que não estão cumprindo as medidas obrigatórias de isolamento estão sendo punidas”, explicou, em seu Facebook, o prefeito Alexis Salgado.
De acordo com Salgado, apesar de não utilizada há alguns anos, a medida é prevista em lei e já fazia parte da tradição do povo indígena Zenú, da qual a população de Tuchín é descendente. Ele explica que a aplicação desse tipo de sanção é uma maneira de preservar a cultura.
“Para preservar a estrutura institucional e respeitar os usos e costumes do povo Zenú, essa articulação está sendo realizada. Queremos ser um exemplo de respeito e demonstrar que, apesar da diversidade existente em nosso território, as instituições estão se unindo para proteger a saúde de todos”, disse ao jornal local “El Tiempo”.
O prefeito afirmou que, em poucas horas da aplicação do castigo, os resultados foram favoráveis e o tráfego de pessoas nas ruas diminuiu. “Se impusermos uma sanção econômica, a grande maioria não terá como pagá-la, mas se recorrermos a essas práticas típicas de sua cultura, as estamos fazendo com que cumpram as leis e mantenham vivas suas tradições.
Segundo o site oficial da Prefeitura, Tuchín tem cerca de 35 mil habitantes. Em uma entrevista a rádio local “Blue”, o coordenador da Guarda Indígena Zenú, Misael Suárez, disse que no primeiro dia que o cepo foi usado para punir os que não estavam cumprindo a quarentena, pelo menos uma dúzia de pessoas tiveram os pés presos por meia hora numa espécie de “socialização”. A intenção é aumentar o tempo desse castigo.
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