Caravana de presidente do Haiti é apedrejada após retornar de viagem à ONU

Polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e fez disparos para dispersar manifestantes

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Polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e fez disparos para dispersar manifestantes

A caravana do presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi apedrejada nesta sexta-feira (22), em seu retorno de uma viagem à sede da ONU, por participantes de um protesto realizado próximo ao aeroporto de Porto Príncipe, o que obrigou a polícia a lançar bombas de gás lacrimogêneo e fazer disparos ao ar para dispersar a manifestação.

O incidente começou quando o governante deixava o terminal cercado por centenas de seguidores que foram recebê-lo, entre os quais encontravam-se 50 ex-membros do dissolvido exército do país, alguns dos quais estavam armados.

A polícia e a escolta de Moise atuaram com rapidez para abrir o caminho para caravana, atacada por uma manifestação opositora que chegou até a rua mais próxima ao aeroporto Toussaint Louverture.

A marcha de protesto foi a quarta na semana após a greve da segunda-feira passada que a oposição convocou contra a promulgação da lei do Orçamento Nacional, a qual assegura que piorará a crise econômica do país.

O ex-candidato presidencial, Jean Charles Moise, qualificou hoje como “provocação” a promulgação da lei do orçamento.

“A publicação desta lei vai criar mais problemas e é uma declaração clara que este governo não escuta os pobres neste país”, disse à imprensa Jean Charles.

Em sua chegada, Moise assegurou que seu governo trabalha para melhorar a situação do país e pediu que a população seja “paciente” e mantenha a estabilidade.

“A minha apresentação na ONU foi para explicar os meus planos e as minhas visões para o país e pôr diante do mundo um Haiti que quer mais parceiros. Precisamos de ordem, empregos e investimentos, e vamos continuar trabalhando para todo o país”, declarou o chefe de Estado.

Depois dos incidentes, o Ministério de Defesa haitiana condenou a presença de ex-militares armados ao redor do presidente.

Além disso, o organismo esclareceu que esses indivíduos não são militares e não tem nenhum direito de portar armas.

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