Avião que ia da França ao Egito cai no Mediterrâneo e suspeita é de atentado terrorista

66 pessoas estavam a bordo

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66 pessoas estavam a bordo

Um avião da EgyptAir, que voava da Capital francesa, Paris para a Capital egípcia, Cairo, desapareceu com 66 pessoas a bordo na madrugada desta quinta-feira (19).

As autoridades egípcias afirmam que ele teria caído nas águas do Mediterrâneo. De acordo com a agência portuguesa RTP, as autoridades gregas realizaram buscas no mar e afirmaram que nada foi encontrado.

Gérald Feldzer, especialista em aeronáutica, disse à rede lusitana que é muito pouco provável ter ocorrido um problema técnico, e que um ataque terrorista é a hipótese mais plausível a ser considerada. “Uma falha técnica grave, como a explosão de um motor, parece improvável”, afirma. Ele informou ainda que o veículo era relativamente novo e de alta confiabilidade.

Uma fonte aeroportuária comunicou à agência France Presse que o avião teria caído próximo à ilha grega de Karpathos. A queda teria sido a cerca de 130 milhas do local, por volta das 3h29 no horário local. A Airbus confirmou o ocorrido em sua página do Facebook e afirmou que o veículo havia sido entregue em novembro de 2003 à EgyptAir.

Durante uma entrevista coletiva concedida sobre o caso, o ministro da Defesa da Grécia, Panos Kammenos, contou que o avião fez “guinadas repentinas” e mergulhou no ar antes de desaparecer dos radares sobre o sul do Mediterrâneo.

“Às 3h39 da manhã o curso da aeronave era sul e sudeste de Kassos e Karpathos (ilhas)… imediatamente depois entrou no espaço aéreo do Cairo e fez guinadas e desceu como descrevo: 90 graus para a esquerda e 360 graus para a direita”, disse o ministro. A Grécia montou uma operação de buscas na provável área de queda do avião, ainda sem sucesso.

A empresa se colocou à disposição das autoridades internacionais, para auxiliar no fornecimento de assistência técnica que seja necessária para apurar causas do acidente. A Airbus ainda lembra que o primeiro A320, modelo do avião que sofreu o acidente, começou a circular em março de 1988. A agência conclui, ainda, que há cerca de 6700 exemplares do modelo operando no mundo.

Esta é a segunda vez neste ano que um avião da EgyptAir é alvo de um desvio de rota inesperado. Em março, outra aeronave da companhia, que ia de Alexandria ao Cairo, foi sequestrado e desviado a Chipre. Na ocasião, o sequestrador agiu por motivo passional e todos as pessoas a bordo foram libertadas sem ferimentos.

Em outubro do ano passado, um Airbus A321 de uma empresa russa caiu quando uma bomba foi colocada no aeroporto egípcio de Sharm al-Sheikh em direção a São Peterburgo, com 224 pessoas a bordo. 

(Sob supervisão de Ludyney Moura)

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