“Estava em pânico”, diz cinegrafista que chutou refugiados

Petra László afirma que não é uma “repórter racista” e “sente sinceramente pelo ocorrido”

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Petra László afirma que não é uma “repórter racista” e “sente sinceramente pelo ocorrido”

A cinegrafista que chutou e deu rasteiras em imigrantes que fugiam de um controle policial na Hungria, em uma área perto da fronteira com a Sérvia, lamentou seu comportamento, que justificou devido a um ataque de pânico.

“Sinto sinceramente pelo ocorrido (…) praticamente estou em um estado de choque pelo que fiz e pelo que estão fazendo comigo”, disse Petra László em carta divulgada nesta sexta-feira (11) pela imprensa húngara. A polícia de Budapeste interrogou a cinegrafista, a quem a promotoria acusa de vandalismo.

Petra alegou que quando estava trabalhando com sua câmera no centro de encontro de refugiados de Röszke, centenas de pessoas começaram a correr em sua direção, o que lhe causou temor. “É difícil tomar decisões corretas quando se está em pânico”, declarou.

Petra László, que trabalhava para a rede de televisão N1, próxima ao partido de extrema direita Jobbik, deu uma rasteira em um homem que fugia da polícia com o filho no colo, após passar a noite na região em condições precárias. Em outras imagens a mesma cinegrafista é vista dando chutes em vários refugiados que corriam, incluindo uma menina.

“Como mãe, lamento muito que o destino tenha me levado até uma menina, algo que naquele momento não percebi. Estava em pânico, e agora me vejo nas gravações como se não fosse eu”, disse, acrescentando que se arrependeu do que fez e que assumirá a responsabilidade.

Petra afirmou que não merece “a caça de bruxas política” que alega estar sofrendo e também as ameaças, algumas de morte, e se defendeu garantindo que não é uma “repórter racista”. “Só sou uma mulher, uma mãe agora sem trabalho que em uma situação de pânico tomou uma decisão equivocada”, disse ela em carta divulgada pelo portal Index.

 

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