Recuperado de covid-19, cantor Mariano é 1º doador de plasma em pesquisa do coronavírus

O cantor sertanejo Mariano, da dupla com Munhoz, foi ao Hemosul de Campo Grande nesta segunda-feira (15) para doar plasma para um estudo

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O cantor sertanejo Mariano, da dupla com Munhoz, foi ao Hemosul de Campo Grande nesta segunda-feira (15) para doar plasma para um estudo inédito que avalia o impacto da transfusão em pacientes com quadro clínico grave da doença. O sertanejo, que está de quarenta com a família em MS, registrou o momento nos stories do Instagram.

“Liberaram o estudo para o tratamento da Covid e eu sou o primeiro doador do Mato Grosso do Sul. Estou aqui com o pessoal. Você pode vir doar, você que teve covid… não só, porque precisa de sangue também, pode vir aqui e ajudar porque o Hemosul de Campo Grande está precisando muito”, contou Mariano aos seguidores.

O estudo é encabeçado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo) e, em Mato Grosso do Sul, conta com a participação do governo do Estado, por intermédio do Hemosul e Hospital Regional, além de outras instituições, como Hospital Universitário da UFMS, Hospital das Clínicas da USP e da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP (São Paulo).

“ A participação de Mato Grosso do Sul nessa pesquisa confirma a disposição do governo do Estado, por intermédio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), à qual o Hemosul e o Hospital Regional de MS são vinculados, em estar sempre à frente com medidas e práticas inovadoras que visam, acima de tudo, oferecer sempre o que for de melhor para a população sul-mato-grossense. Esse plasma contem anticorpos neutralizantes que podem ser utilizados na terapia, e a pesquisa vai verificar se de fato o uso do plasma tem validade”, avalia o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende.

Pesquisa com Plasma

De acordo com a pesquisadora Patrícia Vieira da Silva, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), trata-se de alternativa potencialmente promissora que é a infusão de anticorpos pré-formados, oriundos de indivíduos convalescentes da Covid-19.

“Essa forma de terapia, por meio da infusão de soro ou de plasma, é a única forma de conferir imunidade imediata, até que o próprio organismo afetado tenha tempo de montar a sua própria resposta imune (imunidade adaptativa), que, em regra, leva de alguns dias a algumas semanas, tempo relativamente longo em casos de infecção por microrganismo de maior virulência”.

Ao todo, serão tratados com plasma convalescente 40 pacientes com a forma grave da covid-19 que terão seus desfechos comparados com grupo controle constituído de 80 pacientes com a mesma doença, com características e gravidade clínica semelhante. Cada paciente receberá uma dose aproximada de 10 mL/kg/dia de plasma convalescente (600 mL/dia para os adultos), por 3 dias consecutivos.

Coronavírus no MS

Nesta segunda-feira (15) 118 novos casos de Covid-19 foram confirmados em MS, conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgado nesta manhã. Com isso, o total de casos chega a 3.551. Os números são referentes aos casos registrados nas bases de dados Sivepe Gripe e e-SUS VE até às 19h do dia anterior.

Em MS, as notificações já somam o total de 22.554, com 1.207 amostras em processamento no Lacen-MS (Laboratório Central de MS) e 943 ainda sem encerramento por parte dos municípios. 16.853 notificações foram descartadas.

Conteúdos relacionados