VÍDEO: Roger Waters protesta contra Bolsonaro nos últimos 30 segundos
Em Curitiba, no Paraná, na noite de sábado (27), Roger Waters protestou contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), nos últimos 30 segundos da lei eleitoral. O artista exibiu #EleNão no telão durante show. Faltando 30 segundos para as 22h, o telão do show escureceu e exibiu a manifestação de Waters. “Temos 30 segundos. Esta é […]
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Em Curitiba, no Paraná, na noite de sábado (27), Roger Waters protestou contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), nos últimos 30 segundos da lei eleitoral. O artista exibiu #EleNão no telão durante show.
Faltando 30 segundos para as 22h, o telão do show escureceu e exibiu a manifestação de Waters.
“Temos 30 segundos. Esta é a nossa última chance de resistir ao fascismo antes de domingo. Ele Não! São 10:00. Obedeçam a lei”, afirmou o músico.
ROGER WATERS AGORA A POUCO EM CURITIBA pic.twitter.com/Rkut0nv1TQ
— cinzas do pedrinho ? (@goldyeee) October 28, 2018
O caso Roger Waters
O ex-Pink Floyd em turnê pelo Brasil se manifestou politicamente contra os posicionamentos de Jair Bolsonaro em seus shows.
O músico foi alertado antes do show de sábado que poderia ser preso se desrespeitasse a lei eleitoral, que prevê a proibição de manifestação pública contra ou a favor de candidatos a partir das 22h de sábado. Qualquer manifestação política após o horário estabelecido em lei pode configurar boca de urna, sujeita à prisão.
O juiz eleitoral Douglas Marcel Peres, que emitiu o alerta para Waters tem como base um pedido do Ministério Público Eleitoral. O magistrado observou a restrição da lei eleitoral brasileira.
Outras manifestações
Waters colocou no telão de seus shows imagens que causaram polêmica. O manifesto do artista mostrou uma lista com líderes neo-fascistas pelo mundo, entre eles, o cantor colocou o nome de Bolsonaro. Entre os citados, estão Donald Trump (EUA), Vladimir Putin (Rússia) e Marine Le Pen (França), seguidos da #EleNão.
O músico chegou a ser vaiado em seus primeiros shows, em resposta as reações de sua performance, o artista colocou uma tarja com o texto “Ponto de vista político censurado” onde antes era mostrado o nome do candidato brasileiro em outras apresentações.
Além de se posicionar contrário ao presidenciável, o cantor homenageou o capoeirista Moa do Katendê, assassinado com 12 facadas por um eleitor de Bolsonaro, logo após apuração da votação do primeiro turno. O inquérito policial da morte de Moa concluiu que ele foi assassinado por desavença política.
Waters ainda homenageou a vereadora Marielle Franco durante show no Maracanã. No fim da apresentação, o músico usou uma camiseta com “Lute como Marielle Franco” escrito e lamentou a descrença nos direitos humanos. Durante a fala, o cantor exibiu uma foto e o resumo da biografia de Marielle. A viúva, a filha, a irmã da vereadora assassinada foram chamadas ao palco com o cantor no fim da apresentação.
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