Ceia do réveillon: apesar das diferenças, cultura dos povos se aproxima com mesa farta

Para muitos povos, a mesa do réveillon ter que ser recheada de frutas e com pratos deliciosos.

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Para muitos povos, a mesa do réveillon ter que ser recheada de frutas e com pratos deliciosos.

A sociedade é formada e separada pelo mesmo motivo: cultura, onde cada cidadão traz consigo uma essência adquirida no ninho familiar ou e em determinada região. Cada povo, com seu costume e tradição, celebra as datas à sua maneira, de um jeito cultivado há anos talvez, porém, quando uma dos principais dias do ano chega, todas as línguas que formam a torre de babel se unem. Como? Elaborando pratos típicos para festejaram a chegada de um novo ano. Ao menos é assim a ceia de réveillon do povo japonês, árabe e indígena,  recheada de delícias típicas.

Japoneses

Tradicionalmente na família dos japoneses os primogênitos não saem de casa na virada do ano, segundo Nilton Shirado, de 58 anos. Isto porque eles fazem uma oferenda aos antepassados em um oratório. Porém, no 1º dia do ano a mesa é preparada com muita comida e precisa ter o Moti, bolinho de arroz especial moído no pilão, que, segundo o japonês Nilton, atrai sorte. Ainda no dia 1º é costume distribuir os presentes para a família.

Árabes

Claude Chamoun, de 48 anos, mora em Campo Grande e diz que os sírio-libaneses costumem comer frutas secas, frutas frescas, lentilhas, figo, damasco e romã, para dar sorte no amor e nas finanças, na noite do réveillon e também nas refeições do dia 1º de janeiro. Pratos quentes, como carneiro recheado, bacalhau, além de doces como o Mamul, um biscoito feito à base de pistache e nozes não podem ficar de fora.

Nesta data, conforme Claude, os árabes costumem beber vinho e Arak. O azeite, de acordo com a sírio-libanesa, também tem espaço na mesa. Ela explica que o óleo foi usado por Cristo para santificar e abençoar as pessoas e por este motivo está presente na ceia de seu povo.

Indígenas

Os índios vão celebrar a chegada de 2015 comendo os alimentos plantados por eles mesmos. O cacique Branco, líder terena da Aldeia Babaçu, localizada em Miranda, conta que além dos pratos típicos da cultura indígena, como o biju, curau de milho e o poréu, a ceia deles fica incompleta sem o milho, a manga, e o mamão, mas tudo, segundo o cacique, tem que vir direto da própria lavoura deles.

Paraguaios

Os paraguaios, vizinhos de Mato Grosso do Sul, não deixam de comer a tradicional sopa paraguaia na ceia do réveillon. Além do prato, a carne assada ao forno e o leitão também recheiam a mesa na virada do ano.

De acordo com o Ricardo José Cafure, diretor de cultura da Colônia Paraguai de Campo Grande, no fim de ano a família dele viaja sempre para o Assunção ou Concepção para celebrar a chegada do ano novo junto com os parentes.

Ricardo comenta que a gastronomia dos paraguaios é semelhante a dos brasileiros sul-mato-grossenses, sendo que uma comida ou outra é diferente. No entanto, a bebida que não pode faltar na festa da virada dos paraguaios é o Clericó, bebida à base de frutas, vinho branco e gelo. 

 

 

 

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