Memória debloqueada com sucesso! Você lembra dela? Famosa por onde passava, carrocinha com ovelha colorida era o verdadeiro ‘hype' entre meados da década de 80 e 90 em Campo Grande. Na época, fotógrafo passava nas casas para fazer o registro e criançada ficava enlouquecida a fim de brincar com o animal. E acredite: era uma profissão requisitada.
A discussão voltou à tona na terça-feira (28) com a publicação da página ‘PCM (Primeiro Comando do Memes), do @passeancocampogrande. “Anos 80: Época em que você, pobre como eu, ficava atento no portão esperando o ‘tiozinho da ovelha colorida' passar, tirar uma foto na carroça (que ficava pronta após uns 15 dias ao preço de um rim)“. Confira:
Post rendeu quase 40 comentários de campo-grandenses que já viveram a experiência. Um deles conversou com o MidiaMAIS. Elaine Ponciano Reis, 33 anos, trabalha como cabeleireira e morava no bairro Aero Rancho quando teve a foto com a ovelha colorida tirada. Na época, ela só tinha quatro aninhos.
“Era uma alegria só quando o fotógrafo passava na rua de casa”, recorda. Além dela, encontram-se na foto a sua irmã e prima, Demencia Ponciano e Girlandia Maria Inácio, respectivamente.
Outra mulher, no post, revelou ter o mesmo registro. “Eu tenho [a foto] kkkkk anos 90. Com ovelha e com um jegue.”
“Eu tenho uma foto nesse estilo… Só que estou em cima de um jegue”, escreveu outra internauta.
“Ainda tenho a minha perdida aqui em casa”, comentou mais uma.
Fotógrafo de ovelha colorida
Isso mesmo, fotógrafo de ovelha colorida era uma profissão que estava em alta não apenas em Campo Grande, mas em outras capitais também.
Segundo o site São Paulo Antiga, o autor Douglas Nascimento afirma ter se surpreendido ao encontrar dois homens caminhando junto de uma ovelha colorida na zona leste de São Paulo. A reportagem foi publicada em 2015.
“Sim, eu acho uma maldade pintar a ovelha de rosa e amarelo, e também acho indigno ao animal levá-lo por vários quilômetros para trabalhar. Mas é inegável que o fotógrafo da ovelha colorida é algo completamente curioso e perdido no tempo”, escreveu.
Em seguida, Douglas deu detalhes sobre como funcionava o curioso trabalho.
“Quando conversei com o fotógrafo ele me contou que herdou a profissão do pai e trabalha com isso há mais de 30 anos. A fotografia sai por R$ 10,00 e ele anota o nome e endereço do cliente em uma pequena caderneta, passando 15 dias depois no mesmo local para receber e entregar a foto, que é feita em uma velha câmera de filme”.
E você, tem alguma foto dessas em casa? Manda para o MidiaMAIS!
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