O sonho de ser médico nasceu em José Eduardo Ramos de Carvalho ainda na infância. Depois de passar em Farmácia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), ele tomou coragem e abandonou a graduação no fim para cursar medicina em Pedro Juan Caballero, no . Com ajuda financeira e incentivo da mãe, ele se mudou sozinho para com o objetivo se de realizar profissionalmente na nova universidade. O que a família não contava era com a crise provocada pela pandemia do coronavírus. Sem clientes, a mãe do estudante não tem como enviar dinheiro e, para conseguir se sustentar, ele conta com a e doação de amigos.

Passar a quarentena na casa de familiares está fora de cogitação, pelo menos por enquanto. O estudante de 32 anos explica que, sabendo dos riscos de contaminação, prefere continuar o isolamento social em Ponta Porã. Apesar da ter liberado a mensalidade de Abril, as contas fixas de aluguel, água, luz e comida não param de chegar. Não bastasse a pressão que todo estudante de medicina enfrenta, José Eduardo ainda gasta com remédios de ansiedade e depressão todo mês.

O campo-grandense iniciou a graduação em Pedro Juan em 2019 depois de cursar 3 anos de Farmácia na Federal. A renda da mãe aposentada não seria o suficiente para arcar com todas as despesas do estudante, mas ela não mediu esforços e elaborou uma segunda fonte de renda para a família. Mônica começou a fazer eventos na casa de clientes para engrossar o salário no final do mês e manter o filho em outra cidade.

Com a chegada da pandemia, os contratos cessaram. José Eduardo não consegue trabalhar, já que o curso é em tempo integral. Em desespero, o estudante começou a oferecer ajuda em trabalhos acadêmicos, prestar serviços de informática e até vender alguns objetos pessoais.

Sem condição financeira de continuar a traçar o sonho, José Eduardo, que já tinha problema de depressão, quase perdeu a esperança. Ele conta que ficou dias sem conseguir dormir, em estado constante de vigilha.

“Você fica pensando o que vai acontecer. Eu estava tendo ataque de pânico e não conseguia levantar da cama para tomar a medicação. Está sendo difícil para mim, minha mãe e minha avó.”

Nesta semana, a alimentação do estudante veio da doação de desconhecidos. Ele ganhou compras de uma pessoa que não conhecia após pedir ajuda de cesta básica para uma ONG de alunos da faculdade.

“Uma menina veio conversar comigo. Ela fez uma compra e mandou por um amigo em comum. Foi uma felicidade sem tamanho porque não esperava.”

Vendo o sofrimento de José Eduardo, alguns amigos decidiram se unir e criaram uma vaquinha virtual para auxiliar nas despesas do estudante até a família voltar a ter renda. “Alguns colegas do curso de Farmácia me ajudaram na compra de medicamentos que consigo por 15 dias.”

A luz ainda está acesa para o campo-grandense. Cada doação na Vaquinha fica 14 dias em quarentena, mais 3 dias úteis no banco até chegar na conta dele. Em meio a todo esse turbilhão, ele precisa continuar com a sanidade mental em dia para cumprir o cronograma online do curso.

“O que me manteve aqui até agora foi a solidariedade de amigos e desconhecidos que me estenderam a mão. É isso que me faz ser mais humano e querer me tornar médico, ajudar o próximo sempre que precisar e independente de qualquer coisa.”

Para ajudar José Eduardo basta depositar qualquer valor na Conta Poupança  ou entrar em contato com ele através do Whatsapp (67) 9335-2564.

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