Sucesso de brechó em Campo Grande é tanto que Brasil inteiro copia nome e marca

Brechó de Campo Grande faz sucesso e Brasil copia nome até a logomarca. O fato mostra como o negócio de peças usadas cresce no país.

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“Meu brechó deu cria”, brincou Val Reis, proprietária do Garage Brechó de Campo Grande, em seu perfil do Facebook. Por curiosidade ela fez uma pesquisa e encontrou diversos estabelecimentos com o mesmo nome e até o mesmo logotipo. O fato mostra não apenas a falta de criatividade, mas também como o negócio vem ganhando espaço no Brasil.

Em entrevista ao MidiaMAIS, Val afirma que não sabe porquê outros brechós copiam tanto seu nome e marca. “Há uns 5 meses encontrei um. Entrei em contato, reclamei e a pessoa retirou. Depois disso nunca mais tinha tido a curiosidade de olhar. Hoje quando fiz a pesquisa, encontrei mais de 20”, contou.

A empreendedora disse que entrou em contato com todos eles pedindo para que deixassem de usar sua marca. “Três ou quatro responderam dizendo que iam mudar. Tudo bem usar o nome, mas a logo, é diferente”, justifica Val. Veja abaixo o post de Val.

Meu brechó deu cria, gente! Só com a minha logo tem nais de 20! Povo sem criatividade nenhuma nem pra criar logo! ?

Posted by Val Reis on Wednesday, August 15, 2018

Brechós viraram moda

Segundo Val, que abriu o Garage Brechó há três anos, o número de estabelecimentos de venda de usados cresceu desde então. Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) publicados pelo Terra, embora não tão recentes, comprovam o boom. O número de brechós no Brasil cresceu 22,2% de 2013 para 2015, de 10,8 mil micro e pequenas empresas dedicadas a produtos usados, para 13,2 mil negócios.

“Acho que tem muito a ver com crise”, diz Val sobre a disseminação deste tipo de negócio. “Está mais complicado ir numa loja, ou shopping, comprar peças novas. Em brechós dá para encontrar peças boa. Tem bastante procura e o pessoal começou a montar mais brechós. Tanto que está mais difícil ver pessoas doando roupas, elas querem vender”, relata. Isso explica como os brechós agem também na economia. “Se você tem roupas que não usa,  pode fazer dinheirinho. É geração de renda”, atenta Val.

Outro ponto a favor para estes estabelecimentos é a sustentabilidade, o que ajudou o público a encarar as compras em brechós com mais naturalidade. “As pessoas tinham muito mais preconceito, não queriam ser vistas. Quando a gente fazia promoção e tirava fotos, não deixavam postar a foto. Hoje quebrou muito disso, as pessoas admitem e usam o termo sustentabilidade”, avalia a empreendedora.

Conheça o Garage Brechó.


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