Com rap em guarani, Brô Mcs participa dos Jogos Indígenas e é destaque na imprensa
O grupo lançou um clipe recentemente
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O grupo lançou um clipe recentemente
Há 7 anos o grupo de rap Brô Mcs canta as alegrias e mazelas do dia a dia na maior reserva urbana do Brasil – vítima constante de violência na disputa pela demarcação de terras -, que fica em Dourados, a 200 quilômetros de Campo Grande. Um projeto que começou despretensioso e cresceu de forma proporcional ao talento dos rapazes. Na quarta-feira (28), eles mostraram um pouco de suas rimas em português e em guarani aos ‘parentes’ que participaram dos Jogos Mundiais Indígenas (JMPI), em Palmas, Tocantins.
O grupo também participou de uma mesa sobre produção cultural e foram destaque na imprensa nacional. Em entrevista à Agência Brasil, os artistas falaram do trabalho e da importância de usar a música como forma de resistência cultural.
“A gente fez essa escolha justamente para mostrar que não deixamos nossa cultura de lado”, disse Bruno Veron ao comentar a escolha de cantar em português e em guarani. As primeiras rimas eram gravadas em uma fita e repassavam para os demais jovens da aldeia até que alguém teve a ideia de criar um grupo, explicaram à EBC.
“O rap é nossa ferramenta para denunciar o que acontece e também serve para nos defender e mostrar a realidade do povo do Mato Grosso do Sul e de outros estados”, disse Bruno à publicação.
Boicote
A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas que, durante 13 dias, reuniu representantes de 23 países, sofreu com o boicote de algumas etnias. De Mato Grosso do Sul, parte da delegação de indígenas Guarani-Kaiowá se recusaram a participar do evento por considerarem que não há o que comemorar diante do cenário de insegurança e morte em conflitos com produtores rurais no Estado.
“Enquanto nós, Guarani e Kaiowa, enfrentamos um verdadeiro genocídio, marcado por ataques paramilitares, assassinatos, espancamentos, estupros e perseguição de nossas lideranças, o governo brasileiro debocha de tudo isso buscando criar folclore para distorcer a realidade e camuflar a real situação dos povos originários”, consta em um trecho da nota divulgada pelo Conselho Aty Guasu, que representa indígenas Guarani-Kaiowá. Mais de 2.200 indígenas participaram dos jogos. O Brasil foi representado por 24 etnias.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Semana começa com 3556 vagas de emprego em Mato Grosso do Sul
São 956 vagas para a capital que abrangem diversas áreas e níveis de escolaridade
Com feira de adoção e desfile de pets, ação em shopping de Campo Grande reforça combate ao abandono animal
Evento foi realizado no shopping Bosque dos Ipês, na tarde deste sábado (14)
Grupo especializado em roubo de camionetes é ligado a facção e usava codificador de chaves
Investigações mostram que ordens de furtos vinham de presídio de Mato Grosso
Lula segue internado e fará exames de sangue, diz boletim médico
Alta está prevista para a próxima semana
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.