O projeto prevê o registro de todos os animais 

Brancos, pretos e rajados. Por onde quer que se olhe, lá estão eles. Abandonados à própria sorte, centenas de gatos encontraram na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (), entre afagos e um pote de ração, o melhor abrigo possível. Donos de um incrível poder de reprodução, a população de animais tornou-se problema de saúde pública e é, a partir deste ano, alvo de projeto que os cataloga.

A ideia é registrar os nomes, identificar a data de castração, quando há, e criar controle de alimentação, vermifugação e vacinação. A campanha para evitar o crescimento da população, partiu de professores e estudantes da universidade e ganhou status de projeto de extensão.

“Nós temos armadilhas para pegar os animais, que na maioria das vezes, são selvagens e fogem. Depois de feito o cadastro, castração e medicação, devolvemos no mesmo local para respeitar a territorialidade deles”,  explica a acadêmica Gabriela Galvão.  Para ela, o ponto chave do projeto, é enfatizar o não abandono dos animais.

“É muito triste passar por aqui e ver os bichinhos abandonados. Com o tempo passamos a nem enxergá-los e isso é muito triste. Não dá para entender como as pessoas abandonam os animais desse jeito”, diz Eveline Cássia.

Em alguns blocos, os animais acabam ‘adotados' pelos estudantes que disponibilizam alimentos e água para os bichanos. “Muita gente faz vaquinha para comprar ração e vão se virando com o que podem fazer”, lamenta. A castração dos animais é feita gratuitamente pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

O projeto é aberto à participação de todos os estudantes. Na terça-feira (26), uma palestra sobre o projeto Proteção Animal será realizada no auditório da Faodo (Faculdade de Odontologia).