Bolívia e mais países podem ter três vezes mais mortes por covid que números oficiais, diz pesquisa
Universidade de Washington dos EUA estudou 191 países e territórios
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Pesquisadores afirmaram, nesta sexta-feira (11), à revista científica The Lancet, que mais de 18 milhões de pessoas provavelmente morreram devido à Covid-19. Número três vezes maior que os registros oficiais sugerem.
A pesquisa, concluída após dois anos de pandemia, aponta que 18,2 milhões de pessoas foram vítimas da covid em todo mundo até dia 31 de dezembro de 2021. Os cientistas explicam que algumas mortes foram causadas pelo vírus e outras estavam ligadas à infecção. Isso ocorre porque pegar Covid pode piorar outras condições médicas preexistentes, como doenças cardíacas ou pulmonares, por exemplo.
“Embora o número de mortes por covid-19 registradas entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2021 seja de 5,94 milhões em todo o mundo, estima-se que tenham morrido 18,2 milhões de pessoas (com intervalo de incerteza de 95% entre 17,1 e 19,6) nesse período”, diz o artigo da Agência Brasil, feito em colaboração internacional entre 97 cientistas de 20 instituições.
A equipe de mortalidade por excesso de Covid-19 da Universidade de Washington dos EUA estudou 191 países e territórios para o que eles chamam de verdadeiro número global de mortes, dentre esses países está Bolívia.
Estima-se que as taxas de excesso de mortes tenham variado drasticamente por país e região, mas a taxa global calculará no estudo é de 120 mortes por 100.000 pessoas. Isso significaria que cerca de 18,2 milhões de mortes ocorreram pela Covid nos dois anos entre o início de 2020 e o final de 2021 — três vezes mais que os 5,9 milhões oficiais que foram realmente registrados.
As estimativas de excesso de morte foram calculadas apenas para o período completo do estudo, e não por semana ou mês, devido a atrasos e inconsistências no relatório de dados de morte por Covid que poderiam alterar drasticamente as estimativas, enfatizam os pesquisadores.
Conforme a pesquisa, publicada no The Lancet, as taxas mais altas ocorreram em países de baixa renda na América Latina, Europa e África Subsaariana. Mas as mortes também foram bastante altas em alguns países de alta renda, como Itália e partes dos EUA.
Para alguns pesquisadores, serão necessárias mais investigações e estudos para distinguir a proporção de excesso de mortalidade causada pela infecção do vírus da Covid. Os pesquisadores preveem que o excesso de mortalidade ligado à pandemia diminuirá, graças a vacinas e novos tratamentos. Mas alertam que a pandemia ainda não acabou. E novas variantes perigosas do vírus podem surgir.
Os cinco países com as maiores taxas de mortalidade em excesso estimadas foram:
Bolívia
Bulgária
Essuatíni
Macedônia do Norte
Lesoto
Os cinco com o menor foram:
Islândia
Austrália
Cingapura
Nova Zelândia
Taiwan
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Caminhão carregado de cerveja derruba carga; população tenta saquear as bebidas
Não houve feridos, segundo a Polícia Rodoviária Federal
Polícia realiza fiscalização contra furto de gado e crime ambiental no Pantanal
Foram realizados levantamentos aéreos e terrestres em propriedades rurais
O que Itaú, Bradesco, Santander, BTG e outros bancos dizem sobre a alta do juro
Alta de 1 ponto porcentual da Selic, para 12,25%
CCJ da Câmara aprova projeto que permite dono de terra usar força própria para expulsar invasor
O placar terminou com 39 votos favoráveis ante 15 contra
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.