Trabalhadores da Mega Serv pedem ajuda para receber salários

Vereadores dividem opiniões sobre responsabilidade em fiscalização

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Vereadores dividem opiniões sobre responsabilidade em fiscalização

Depois de passarem anos convivendo com atrasos de salários, os trabalhadores da Mega Serv, empresa terceirizada da Prefeitura de Campo Grande que realiza serviço de limpeza nos postos de saúde, resolveram pedir a intervenção da Câmara Municipal. Ganhando apenas R$ 788 por mês, eles enviaram, nesta semana, um documento aos vereadores clamando por justiça, pedindo que os atrasos no pagamento de salários tenham fim.

A Mega Serv foi contratada, via procedimento licitatório, ainda na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal e, desde então, ‘castiga’ os funcionários com os atrasos. Mesmo com todas as denúncias contra a empresa, a atual administração do prefeito Gilmar Olarte é acusada de renovar o contrato com a empresa.

No ofício enviado à Câmara, os trabalhadores relatam não conseguir pagar as contas de aluguel, água, luz em dia. Desta forma, os juros e multas já viraram rotina.

Além disso, as condições de trabalho é outro motivo de reclamação dos trabalhadores. Eles contam que fazem um tipo de serviços que ninguém aceita, já que, além de ganharem pouco, limpam fezes, urina, vômitos e sangue em postos de saúde da Capital.

Ademais, sempre que vão reclamar, o sindicato faz ameaças afirmando que se não voltarem ao trabalho, serão demitidas ou trocadas.

Outro lado

A empresa Mega Serv foi procurada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax, mas os telefonemas não foram atendidos. Da mesma forma, a Prefeitura de Campo Grande foi procurada, mas não respondeu às indagações.

Já o presidente da Câmara dos Vereadores, Mário César (PMDB), disse que o assunto é entre a empresa e a Prefeitura, ou seja, a Câmara não pode interferir. Segundo ele, trata-se de uma relação trabalhista. Ele diz, ainda, que não recebeu o documento.

Por outro lado, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) não pensa da mesma forma. Ela afirma que a Câmara tem a obrigação de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Além disso, o MPT (Ministério Público do Trabalho) pode ser acionado, segundo ela.

Nesse sentido, o vereador Edil Albuquerque (PMDB) concordou com Luisa. Ele acha que a Câmara deve ajudar os trabalhadores, pois se há atrasos mensais, algo está errado. Porém, o vereador, que é líder aliado do prefeito Gilmar Olarte, não souber explicar o motivo pelo qual a Prefeitura renovou o contrato com a empresa. “Não sei dizer, mas acho que essa Mega atendeu a todos os requisitos para participação em uma licitação”, termina.

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