“Busão sem Abuso” chega à Capital para diminuir violência contra a mulher

De setembro a fevereiro deste ano, mais de 70 mulheres já buscaram ajuda por causa de abusos em coletivos

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De setembro a fevereiro deste ano, mais de 70 mulheres já buscaram ajuda por causa de abusos em coletivos

Programa “Busão sem Abuso” será lançado no dia 6 de março, pela Semmu (Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres), para coibir a violência sofrida por muitas mulheres no transporte coletivo.

A campanha que já tem adesão de Estados como Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília chega à Capital depois de vários relatos de mulheres que sofreram abuso nos coletivos, como explica Liz Derzi, secretária de Políticas Públicas das Mulheres. “Desde que a secretaria foi montada, muitas mulheres começaram a nos procurar para relatar abusos dentro dos ônibus. Não tínhamos ideia de que isto ocorria aqui na cidade, já que é um problema dos grandes centros urbanos”, fala Derzi.

De setembro/2014 a fevereiro deste ano a secretaria já recebeu mais de 70 mulheres em busca de ajuda depois de ocorrida a violência no coletivo. O programa começa a capacitar os motoristas de transporte coletivo, na próxima semana, juntamente com a Guarda Municipal, que irá dar suporte no encaminhamento da vítima e do agressor à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

“Quando a mulher sofrer o abuso, o motorista será treinado para ligar para o número 154, e a guarda interceptará o ônibus conduzindo a vítima e o agressor para a Delegacia da Mulher”, explica a secretária, que ainda ressalta que pesquisas feitas com usuários apontaram a aceitação da campanha, já que vai trazer mais sensação de segurança.

Campo Grande possui uma frota de ônibus de 593 carros, que atendem 170 linhas e por dia são 230 viagens. De acordo com o presidente da concessionária Guaicurus, João Resende, parceira da campanha, todos os funcionários irão ser capacitados para atender as mulheres que forem vítimas deste tipo de violência. “É uma campanha de valorização da mulher e que vai dar certo como as campanhas contra furto e roubo dentro dos coletivos”, finaliza João Resende.

 

 

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