Tempestade no Reino Unido deixa três mortos e 115 mil casas sem luz

Três mortos, 115 mil casas sem energia elétrica, transtornos no sistema viário, dezenas de árvores derrubadas, deslizamentos de terra: a última tempestade desse inverno a castigar a Grã-Bretanha causou o caos neste sábado. Na sexta-feira à noite, uma taxista morreu quando um prédio desabou sobre seu carro estacionado no centro de Londres. Seus dois passageiros […]

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Três mortos, 115 mil casas sem energia elétrica, transtornos no sistema viário, dezenas de árvores derrubadas, deslizamentos de terra: a última tempestade desse inverno a castigar a Grã-Bretanha causou o caos neste sábado.

Na sexta-feira à noite, uma taxista morreu quando um prédio desabou sobre seu carro estacionado no centro de Londres. Seus dois passageiros ficaram feridos, informou a polícia.

No Canal da Mancha, um senhor de 85 anos faleceu quando uma janela de vidro da embarcação em que ele estava foi destruída pela força das ondas. Várias pessoas, entre os 735 passageiros do cruzeiro “Marco Polo”, britânicos em sua maioria, também ficaram feridas. Esperada no domingo, em Tilbury, no sudeste da Inglaterra, seu destino final, a embarcação voltava de um cruzeiro no Caribe.

Na vizinha Irlanda, um funcionário de 65 anos da companhia de telecomunicações Eircom morreu neste sábado, na cidade de Cork, ao tentar erguer um poste telefônico que caiu em sua cabeça.

Pelo menos 30 pessoas tiveram de ser evacuadas na sexta à noite de um restaurante à beira-mar, em Milford on Sea (sul), depois da explosão de janelas causada por pedras lançadas pela ventania. A água também invadiu o estabelecimento onde casais celebravam o Dia de São Valentim (Dia dos Namorados). Foi necessária a intervenção dos serviços de resgate e do Exército.

No sábado à tarde, cerca de 85 mil casas ainda estavam sem luz no Reino Unido, contra as 140 mil na parte da manhã, segundo a companhia Energy Networks Association (ENA).

Na França, pelo menos 30 mil lares estão sem energia na região da Bretanha (noroeste), de acordo com a empresa distribuidora ERDF. Os serviços de transporte continuam fortemente alterados devido à queda de árvores nas vias e aos deslizamentos de terra. Ainda assim, a situação melhorou ao longo do dia.

“A noite foi violenta, com a queda de mais de 130 árvores, bloqueando dezenas de vias no sul da Inglaterra”, declarou um porta-voz da rede ferroviária Network Rail.

Depois de ter cancelado quase todas as viagens neste sábado de manhã, a companhia de trem South West Trains, que cobre o sudoeste inglês, anunciou a reabertura da maioria de suas linhas. Algumas continuam bloqueadas por árvores, ou inundações.

No aeroporto internacional de Heathrow, em Londres, 51 voos foram anulados, de curta distância em sua maioria, do total de 1.300 previstos neste sábado.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, visitou as áreas inundadas e advertiu que o nível da água continuará a subir. Em alguns pontos, espera-se que o rio Tâmisa atinja níveis recordes neste fim de semana.

No domingo, a expectativa é de alguma melhora nas condições climáticas, após as fortes chuvas registradas neste sábado, acompanhadas de rajadas de vento de até 130 km/h.

Essa tempestade é a última de uma longa série que vem castigando o Reino Unido nas últimas semanas, imerso em um dos invernos mais chuvosos já registrados. No início da semana, outras duas pessoas morreram por causa do mau tempo.

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