Sem vagas nos hospitais, postos da Capital ‘internam’ pacientes nas áreas de repouso

Com a falta de leitos em hospitais públicos de Campo Grande, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) são obrigadas a ‘manter’ provisoriamente pacientes com indicação de internação ou encaminhamento a unidades de maior complexidade. A situação sobrecarrega os postos e deixa familiares desesperados. Alguns pacientes aguardam por horas e até dias até serem transferidos para […]

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Com a falta de leitos em hospitais públicos de Campo Grande, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) são obrigadas a ‘manter’ provisoriamente pacientes com indicação de internação ou encaminhamento a unidades de maior complexidade. A situação sobrecarrega os postos e deixa familiares desesperados.

Alguns pacientes aguardam por horas e até dias até serem transferidos para uma unidade hospitalar adequada e receber o tratamento necessário. É o caso do vigilante João Antônio do Santos Cardoso, de 24 anos, que está no Posto de Saúde do Bairro Aero Rancho desde as 3h de quarta-feira (26) esperando para ser transferido para um hospital.

Sem vaga, ele espera no setor de repouso e já foi informado que precisa ‘aguentar firme’ até possa ser transferido.

João Antônio falou com o Midiamax pelo WhatsApp e disse que passou por exames. Segundo ele, o diagnóstico é ‘pneumonia e água no pulmão’. No posto, recebeu inalação e medicação para baixar a pressão, mas foi informado da necessidade de ser transferido para um hospital e receber mais cuidados necessários. O que ainda não aconteceu, até o início da tarde desta quinta-feira, por falta de vaga.

O problema, segundo a assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), é que não há leitos hospitares disponíveis, e isso já perdura por alguns dias. Ainda conforme a assessoria, medidas estão sendo tomadas para que o caso seja resolvido. Mas enquanto isso, pacientes como João amargam na fila de espera.

“O secretário de saúde se reuniu com os hospitais particulares e solicitou a compra de leitos pela tabela do SUS, mas até agora não obteve resposta”, ressalta a assessoria, que informou ainda que as UPAs e os CRS atendem cerca de 107 mil pacientes por mês.

A assessoria de imprensa da Sesau ainda informou que não há outra solução senão esperar até que uma vaga seja liberada. “O paciente é cadastrado no Siseg e assim que aparece uma vaga o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) faz o transporte dele para o hospital. Mas ele não pode receber alta, a UPA é o local mais adequado para o paciente esperar”, destaca a assessoria.

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