Sem pediatras nos hospitais particulares, mãe leva os filhos para SUS em Campo Grande
Cansada de esperar horas por atendimento pediátrico pelo plano de saúde, a jornalista Cristina Ramos da Silva Ribeiro, de 38 anos, mãe de dois filhos, optou pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como alternativa para ‘fugir’ das filas em Campo Grande. Mãe de uma menina de 10 anos e um menino de 16, Cristina conta […]
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Cansada de esperar horas por atendimento pediátrico pelo plano de saúde, a jornalista Cristina Ramos da Silva Ribeiro, de 38 anos, mãe de dois filhos, optou pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como alternativa para ‘fugir’ das filas em Campo Grande.
Mãe de uma menina de 10 anos e um menino de 16, Cristina conta que já esperou mais de 3 horas e acaba não tendo para onde correr, já que os únicos hospitais que atendem seu plano de saúde, São Lucas e Hospital da Criança, estão sempre lotados.
Segundo ela, a ideia de fazer a carteirinha do SUS surgiu depois de colegas afirmarem que vão à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e são atendidas com rapidez. “Meus filhos sempre tiveram plano de saúde. É até engraçado ir para um sistema que falam tão mal, mas é uma tentativa desesperada”.
Ela explica que a situação dos hospitais já dura cerca de três anos, mesmo pagando R$ 300 pelo plano de saúde para cada filho, é obrigada a enfrentar horas de espera em virtude da falta de médico nos setores de pediatria. “A criança sofre muito com a espera. Então pensei se temos o SUS, porque não usar”.
Segundo o presidente do Sindmed-MS, Valdemir Shigueiro Siroma, Campo Grande tem pediatras suficiente para atender à população. De acordo com o presidente, o grande problema é na má distribuição dos profissionais, defasagem dos salários e péssimas condições de trabalho na rede pública.
Siroma disse que em Campo Grande ainda falta uma normatização para a categoria, porque muitos profissionais da área da saúde têm deixado Campo Grande por causa dos baixos salários, tanto da rede pública quanto particular, e de um plano de cargos e carreiras.
O presidente afirmou que em relação à saúde pública o grande impasse é a falta de infraestrutura oferecida. Conforme Siroma, uma proposta já foi enviada para a Prefeitura a três semanas, mas até o momento não foi feita nenhuma contraproposta.
Para o presidente do Sindmed-MS, o número de pediatras, bem como as demais áreas, é suficiente para atender à população campo-grandense. O que precisa é que esses profissionais precisam sem melhores remunerados e que tenham condições de trabalho boas para exercerem a profissão.
A Unimed explicou, por meio de sua assessoria, que o beneficiário, como no caso citado, deve procurar o Setor Único de Autorização da empresa e relatar não ter conseguido agendar a consulta no prazo que necessita e na especialidade desejada.
Desta maneira, a empresa localiza um profissional habilitado para a especialidade para garantir o atendimento dentro do prazo estipulado pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A solicitação pode ser feita na sede da empresa na Rua Goiás, 695, ou pelo telefone 3389-2500 ou 2400.
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