Se for eleito, Aécio quer revisar contratação de médicos cubanos

O candidato presidencial Aécio Neves, principal rival da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, anunciou nesta quarta-feira que, caso seja eleito, revisará a contratação de médicos cubanos dentro do Mais Médicos, implementado pelo governo em 2013. “Vamos manter o programa Mais Médicos, mas com novas regras, sem aceitar as impostas por Cuba”, disse Aécio […]

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O candidato presidencial Aécio Neves, principal rival da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, anunciou nesta quarta-feira que, caso seja eleito, revisará a contratação de médicos cubanos dentro do Mais Médicos, implementado pelo governo em 2013.

“Vamos manter o programa Mais Médicos, mas com novas regras, sem aceitar as impostas por Cuba”, disse Aécio ao expor seus programas de governo em um evento organizado pelo jornal ‘Folha de S. Paulo”, a rádio “Jovem Pan”, o site “UOL” e a emissora “SBT”.

Com a declaração, a contratação dos médicos estrangeiros ganha corpo no início da campanha eleitoral, uma vez que é um dos principais trunfos da campanha do PT.

O senador, ex-governador de Minas Gerais e segundo nas enquetes atrás de Dilma, questionou o acordo do governo brasileiro com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) para a atuação de 11 mil cubanos em cidades isoladas e áreas urbanas carentes de atendimento médico.

Neves disse que, se for eleito, manterá o programa Mais Médicos, mas obrigará os profissionais estrangeiros ou brasileiros diplomados no exterior a passar pelo exame para revalidar seu diploma em território brasileiro.

Dos 15 mil estrangeiros contratados até o momento, aproximadamente 11 mil são cubanos, segundo informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Saúde.

Cada estrangeiro ganha US$ 4.200 por um contrato de três anos, embora os cubanos não recebam seu salário diretamente, mas do governo de Havana, que lhes repassa apenas US$ 1.245, segundo a fonte.

Para Aécio, o que o atual governo faz é “financiar” o governo cubano com esta equação sobre os salários.

O Mais Médicos foi criticado pelas entidades profissionais de vários estados que tentaram bloquear na Justiça o programa social pelo fato de exigir dos contratados um teste específico, ao invés do tradicional exame de revalidação do diploma.

A Associação Médica Brasileira (AMB) chegou a apelar ao Supremo Tribunal Federal para bloquear o Mais Médicos, mas a máxima corte do país deu sinal verde ao plano do governo.

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