RJ: rodoviários fazem a segunda greve em menos de uma semana

Pela segunda vez em menos de uma semana, os rodoviários do Rio de Janeiro, que pararam por 24 horas na quinta-feira passada, decretaram uma paralisação.Desta vez eles prometem manter por 44 horas a greve, iniciada à meia-noite desta terça-feira. Segundo informações dez ônibus na Viação Jabour foram depredados na zona oeste. Nas ruas do centro […]

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Pela segunda vez em menos de uma semana, os rodoviários do Rio de Janeiro, que pararam por 24 horas na quinta-feira passada, decretaram uma paralisação.Desta vez eles prometem manter por 44 horas a greve, iniciada à meia-noite desta terça-feira. Segundo informações dez ônibus na Viação Jabour foram depredados na zona oeste.

Nas ruas do centro da cidade poucos ônibus passam e os pontos estão lotados. Hélio Alfredo Teodoro, um dos líderes do movimento grevista, estima que ao menos 80% da categoria aderiu ao movimento. “Se não forem 90%. Nós queremos negociar, ninguém aqui é terrorista”, afirmou.

Eles decidiram entrar em greve depois de se reunirem sem sucesso com representantes do sindicato da categoria, Rio Ônibus e representando das empresas com a mediação do Ministério Público do Trabalho.

Os rodoviários não aceitam o acordo fechado entre o sindicato e a prefeitura, que definiu aumento de 10% e R$ 140 de cesta básica e reivindicam reajuste de 40%, auxílio alimentação de R$ 400 e o fim da dupla função de motorista – em muitas linhas, eles exercem também a função de cobrador.

Gerson Batista, diretor de comunicação do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sintraturb) que acompanhou a reunião, chamou de irresponsável o anúncio de uma nova greve e disse que o sindicato espera que a adesão a paralisação seja pequena.

A Prefeitura do Rio informou em nota que, frente a greve, irá reforçar o fluxo de metrô, trens e barcas e as linhas de ônibus que fazem integração física com esses modais, além de linhas essenciais para deslocamento da população em. A Prefeitura também solicitou reforço da Polícia Militar a fim de garantir a segurança na saída das garagens dos quatro consórcios de ônibus da cidade, nas estações do BRT Transoeste e nos terminais de ônibus. Segundo a Rio ônibus, mais de 500 ônibus foram danificados pelos grevistas durante a paralisação na semana passada.

Segundo a prefeitura, apenas 10% da frota está operando. O secretario municipal de transportes, Alexandre Sansão, em entrevista à rádio Band News, disse que está pressionando os consórcios para que a situação seja normalizada. “Sabemos que é uma greve atípica, mas queremos que os consórcios coloquem o maior número de rodoviários na rua para que aos menos as linhas de integração com outros modais sejam mantidas”, afirmou.

Em nota, a Rio Ônibus informou que irá entrar com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho para que a paralisação seja considerada ilegal e abusiva. Nesta madrugada, a Justiça, por meio de uma decisão tomada pelo Plantão Judiciário, determinou que quatro líderes da comissão de rodoviários, identificados como Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano, devem se abster de “promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)”. A decisão foi da juíza Andréia Florêncio Berto.

Ainda de acordo com a decisão, que cita a violência praticada na última paralisação, no dia 9 de maio, foi fixada multa de R$ 10 mil por cada ato de descumprimento da decisão.

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