Rio: com shopping fechado, “rolezinho” acaba em churrasco e funk

Com o fechamento do Shopping Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, os participantes de um “rolezinho” marcado para o local acabaram por fazer o ato do lado de fora do prédio. Poucas pessoas estavam presentes no início, mas o número chegou a cerca de 100. E a manifestação terminou com funk e churrasco […]

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Com o fechamento do Shopping Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, os participantes de um “rolezinho” marcado para o local acabaram por fazer o ato do lado de fora do prédio. Poucas pessoas estavam presentes no início, mas o número chegou a cerca de 100. E a manifestação terminou com funk e churrasco na frente do centro de compras.

Cerca de nove mil presenças confirmadas nas redes sociais. Contudo, a Justiça proibiu o ato e a administração do estabelecimento resolveu fechar as portas ao público com receio de violência.

O Rio Design Leblon, outro shopping em frente, também baixou as portas. No início do ato, cerca de 30 pessoas se concentravam na calçada da rua Afrânio de Melo Franco. A concentração de jornalistas era muito maior do que a de manifestantes – profissionais da imprensa estrangeira, diante da repercussão dos “rolezinhos”, também marcaram presença no ato.

No Rio de Janeiro, o ato teve caráter mais político – ao contrário do que ocorreu na maioria dos rolezinhos em São Paulo. Dos que foram para a frente do Shopping Leblon, muitos rostos são conhecidos das manifestações que começaram em junho, sobretudo, contra o governador Sérgio Cabral e eventos como a Copa do Mundo.

Jornalistas da TV Globo foram expulsos do ato e um deles foi ameaçado. Os dois foram protegidos por policiais militares.

Um manifestante que se veste de Batman, por exemplo, deu, como sempre, o ar de sua graça. “Que todo o rolezinho se inspire nesses eventos criminosos. Vai caminhar para isso, num tom mais político, de ativismo mesmo, aqui no Rio de Janeiro. Estamos na defesa das causas sociais, para que o dinheiro usado na Copa do Mundo seja para saúde e educação”, defendeu um manifestante que se identificou apenas como Bruno e não quis dar o sobrenome, nem profissão.

Um grupo de amigas, em forma de protesto por não poder entrar no shopping, trouxe a praia para a calçada, com cadeiras, canga, revista e baralho. “Eu iria participar do rolezinho, mas como a gente não pode se manifestar, vou ficar aqui, jogando o meu baralho, acho que isso eu posso fazer, né?”, ironizou a figurinista Sabrina Magalhães.

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