Reino Unido: Palestina é reconhecida em votação simbólica

O Parlamento britânico aprovou nesta segunda-feira uma moção não vinculante que reconhece o Estado da Palestina. A moção pede ao governo conservador de David Cameron que “reconheça o Estado da Palestina como uma contribuição para assegurar uma solução negociada” que leve à convivência com Israel com base no princípio de dois Estados. O texto foi […]

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O Parlamento britânico aprovou nesta segunda-feira uma moção não vinculante que reconhece o Estado da Palestina.

A moção pede ao governo conservador de David Cameron que “reconheça o Estado da Palestina como uma contribuição para assegurar uma solução negociada” que leve à convivência com Israel com base no princípio de dois Estados.

O texto foi aprovado por 274 votos contra 12, em uma sessão que contou com menos da metade dos 650 deputados britânicos.

O governo não tem relação com esse resultado e o secretário de Estado para o Oriente Médio, Tobias Ellwood, disse durante a sessão que o Estado palestino será reconhecido no momento apropriado.

“As aspirações do povo palestino não poderão ser plenamente concretizadas até que a ocupação acabe. Acreditamos que isso só acontecerá com negociações”, disse Ellwood.

O governo de Cameron defende a criação de um Estado palestino, mas como resultado de amplas negociações entre os palestinos e Israel.

“O Reino Unido vai reconhecer bilateralmente o Estado palestino quando considerarmos que é o melhor momento para ajudar a estabelecer a paz”, acrescentou Elwood.

O membro da oposição trabalhista, Grahame Morris, defensor do debate e da moção, afirmou que o Reino Unido tem uma “responsabilidade moral” na região pelo fato de ter sido uma potência colonial.

“Está claro que as relações entre Israel e Palestina estão em um beco sem saída, como nossa política externa”, lamentou Morris.

“Ao legitimar a solução de dois Estados, os parlamentares terão a capacidade de transformar palavras em ação”, acrescentou.

A decisão do Parlamento é discutida em um momento de ruptura das negociações de paz e alguns meses depois de Israel ter realizado ataques a Gaza que causaram a morte de mais de dois mil palestinos e de dezenas de israelenses.

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