Rebeldes entregam corpos de vítimas e caixas-pretas do voo MH17

Um trem levando os restos mortais de vítimas do avião da Malásia derrubado em território sob controle dos separatistas no leste da Ucrânia chegou à cidade de Kharkiv, sob controle do governo, nesta terça-feira (22). O trem, acompanhado por 16 representantes de Holanda, Malásia e da OSCE, saiu esta madrugada de Donetsk, cidade controlada pelos […]

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Um trem levando os restos mortais de vítimas do avião da Malásia derrubado em território sob controle dos separatistas no leste da Ucrânia chegou à cidade de Kharkiv, sob controle do governo, nesta terça-feira (22).

O trem, acompanhado por 16 representantes de Holanda, Malásia e da OSCE, saiu esta madrugada de Donetsk, cidade controlada pelos separatistas pró-russos, com 282 cadáveres e 87 fragmentos dos corpos dos 298 ocupantes do avião, que foi abatido por um míssil.

A composição, que inclui cinco vagões refrigerados, entrou lentamente na área de uma indústria armamentista em Kharkiv, onde os corpos deverão ser desembarcados e levados para a Holanda para que sejam identificados.

Um porta-voz de uma equipe holandesa de peritos forenses em Kharkiv disse que o traslado para a Holanda não deve ocorrer antes da quarta-feira.

Quase 300 pessoas morreram na queda do avião da Malaysia Airlines na quinta-feira passada, na maioria, holandeses.

Caixas-pretas

Ainda nesta terça, os separatistas entregaram a peritos malaios as duas caixas-pretas do avião, na cidade de Donetsk, cerca de 300 quilômetros a sudeste de Kharkiv.

“Não viemos aqui para culpar a ninguém. As duas caixas são propriedade da Malásia. À simples vista se pode apreciar que as caixas estão intactas”, assegurou à imprensa o chefe da delegação do país asiático, um coronel do Conselho de Segurança Nacional da Malásia.

O primeiro-ministro da república popular de Donetsk, Aleksandr Borodai, entregou os dois dispositivos durante uma cerimônia oficial realizada na sede do governo separatista na qual as partes assinaram documentos oficiais.

As caixas, que na verdade são laranjas, foram colocadas sobre a mesa da sala de conferências e entregues à parte malaia.

“Agora temos três tarefas: a repatriação dos corpos, a mudança das caixas-pretas e a devolução dos objetos pessoais aos seus donos”, disse o representante malaio.

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