Quase 10 mil operários param na construção civil de Campo Grande por melhoria salarial

Aproximadamente dez mil operários paralisaram atividades em canteiros de obras de Campo Grande nesta quarta-feira (23), eles estão em greve por melhorias na categoria. Entre os canteiros de obras que estão paralisados, estão os de empresas como Plaenge, MRV, Brookfield e Sotef. De acordo com José Abelha, presidente do Sindicado dos Trabalhadores nas Indústrias da […]

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Aproximadamente dez mil operários paralisaram atividades em canteiros de obras de Campo Grande nesta quarta-feira (23), eles estão em greve por melhorias na categoria. Entre os canteiros de obras que estão paralisados, estão os de empresas como Plaenge, MRV, Brookfield e Sotef.

De acordo com José Abelha, presidente do Sindicado dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliado de Campo Grande (Sintracom-CG), 90% dos trabalhadores aderiram à greve. “As entidades estão se fortalecendo no Mato Grosso do Sul e vamos mudar o cenário da construção civil”, afirma o presidente.

José Abelha diz que as manifestações foram pacíficas. Foram visitadas dez canteiros de obras durante a manhã de hoje e outras obras ainda serão visitadas na quinta-feira (24), para tentar fazer com que outros trabalhadores venham a aderir à greve.

A categoria pede reajuste salarial, cesta básica, vale-alimentação, tíquete- alimentação e que o contrato de trabalho de experiência seja reduzido de 90 para 60 dias.

O sindicato pede que os salários sejam equiparados com os do de São Paulo, ou seja, reajuste de 30% para quem recebe até o piso salarial e de 15% para quem recebe acima do piso.

José Abelha afirma que há precariedade nas obras da cidade e que isto deve mudar. O presidente diz que está programando uma passeata no centro da cidade para sexta-feira (25) para mostrar à sociedade o que a categoria está enfrentando nos canteiros de obras.

Motivos da greve

O Sintracom já havia enviado uma proposta ao Sindicado Intermunicipal da Indústria da Construção Civil de Mato Grosso do Sul (Sinduscon), para pedir melhorias e o reajuste salarial.

Ao que a Sinduscon negou, dizendo que o aumento salarial para os trabalhadores seria apenas pela correção da inflação, o que fez com que os operários civis deflagrassem greve nesta quarta-feira (23).

O presidente da Sinduscon, Amarildo Melo, havia afirmado que os empresários estariam abertos para negociações, dizendo que o setor passa por um momento desfavorável, impedindo o reajuste do salário que a categoria pede.

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